Presidente Lula quer adesão mundial à luta contra a fome e desigualdades
Em encontro com correspondentes estrangeiros, presidente fez balanço positivo do primeiro semestre e disse que economia brasileira vai surpreender
Em conversa com correspondentes estrangeiros na manhã desta quarta-feira (2/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar a adesão de outras lideranças mundiais ao combate à fome e às desigualdades. Ele chamou de injusta a distribuição de riquezas no mundo e destacou que essa não deve ser uma batalha apenas de um país.
"Há uma desigualdade visível na cara de todos nós. Como a gente combate isso? Essa é a tarefa que quero assumir e vai ser parte do meu discurso na ONU, nos Brics, no G-20. Vou levantar essa tese porque não é normal a gente tratar a desigualdade como normal", disse.
Agora como presidente da República, ressaltou, ele tem mais espaço e autoridade para se engajar nessa luta e conclamar outras nações a fazerem o mesmo. "Não é normal aceitar pacificamente, dormir tranquilo sabendo que há crianças que vão dormir sem ter um copo de leite ou um pedaço de pão para matar a fome".
No café da manhã oferecido aos jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente da República fez uma leitura otimista do Brasil, que fechou o primeiro semestre com "situação alentadora e boas expectativas para o segundo semestre". Ele mencionou a reconstrução de 40 políticas de inclusão social e dados como a queda do desemprego e da inflação e o aumento real de salários.
"As políticas de distribuição de renda estão acontecendo. Na hora que o dinheiro começa a circular nas mãos de milhões de pessoas, garantimos o crescimento da economia brasileira", disse.
INVESTIMENTO — O presidente disse que o Brasil está criando condições para atração de investimento com credibilidade, previsibilidade e estabilidade política, jurídica, social e financeira. Ele destacou a importância da redução dos juros para melhorar o ambiente econômico e disse que a taxa de juro real brasileira é a mais alta do mundo, sem nenhuma explicação, mas que o país continuará crescendo mesmo assim. "Essa é a boa surpresa. Por isso estou tranquilo", disse.
De acordo com ele, o governo optou por dois momentos de governança. O primeiro foi a retomada de todas as políticas que tinham dado certo em seus governos anteriores e que eram consideradas grandes programas de inclusão social. Isso, disse, já está resolvido, está acontecendo e vai impactar positivamente a economia.
A segunda etapa é a nova política de desenvolvimento, a nova política de investimento em obras de infraestrutura e a nova política de desenvolvimento industrial, que serão anunciadas em 11 de agosto, no Rio de Janeiro.
"Nós vamos ter muitas obras de infraestrutura, vamos retomar todas as políticas de desenvolvimento da Petrobras. A Petrobras volta a ser não apenas uma empresa de petróleo, mas de energia, com a preocupação não apenas de furar poço, mas em produzir biodiesel, produzir tudo aquilo que estiver dentro da transição energética necessária para que a gente construa uma economia verde".
Segundo ele, com o programa de investimentos combinado à política de inclusão já colocada em prática, a economia do Brasil vai surpreender e superar muitas das previsões feitas por organismos internacionais para o crescimento do país.
Por: Planalto
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