Ministro da CGU participa da Conferência Global, em Viena, sobre a uso de dados para melhor a mensuração da corrupção

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, participou, nesta quinta-feira (31/8), da Conferência Global, em Viena (Áustria), sobre a utilização de dados para a melhoria da mensuração da corrupção. O evento é organizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e pela Academia Internacional Anticorrupção (IACA) e ocorre nos dias 31 de agosto e 1º de setembro. O objetivo é a troca de experiências entre governos, sociedade civil e academia sobre o tema.

A agenda oficial também contemplou o encontro com o embaixador da Missão do Brasil em Viena, Nelson Tabajara, com a secretária da Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (UNCAC), Brigitte Strobel-Shaw, e com a professora Elizabeth Barrett, chefe do Programa Global de Mensuração da Corrupção ( Global Programme on Measuring Corruption ) da Academia Internacional Anticorrupção (IACA).

“Medir a corrupção é um grande desafio e tem sido um tema central da agenda internacional nos últimos anos. Concentrar em apenas um aspecto do fenômeno resulta em conclusões tendenciosas, algo que precisamos considerar quando discutimos técnicas de medição e resultados. Outro aspecto relevante é diferenciar corrupção da má gestão ou desperdício de recursos, pois são utilizados de forma equivocada”, argumentou o ministro.

No evento, a CGU também participou do painel “Perspectivas do usuário: compreender quem está usando medidas de corrupção e com que finalidade”. A apresentação ficou a cargo do diretor de Pesquisas e Informações Estratégicas da Controladoria, Lucas Freire Silva, que compartilhou a experiência do órgão na utilização de dados na perspectiva investigativa.

O tema tem como antecedentes a resolução da CosP UNCAC de 2019 sobre mensuração da corrupção. No âmbito do G20, também foi elaborado um compêndio de Boas Práticas sobre Mensuração da Corrupção, em 2021, ocasião em que a presidência do grupo era da Itália. O assunto também é endereçado pelo Programa Global de Mensuração da Corrupção da IACA.

De acordo com o ministro da CGU, os esforços para medir a corrupção devem ser continuamente atualizados, a fim de fornecer conclusões comparáveis ​​ao longo do tempo. Nesse sentido, o Brasil tem focado no desenvolvimento de ferramentas úteis que forneçam alguma base para avaliar práticas corruptas e seu impacto especificamente no contexto nacional.

Por: Controladoria-Geral da União (CGU)