Brasil e grupo de países questionam lei antidesmatamento da União Eurpeia na OMC
Nos últimos três anos, o Brasil tem apresentado diversos questionamentos à União Europeia, no âmbito do Comitê de Agricultura, quanto à adequação às normativas da OMC das medidas ora consolidadas na "lei antidesmatamento"
Durante a 106ª reunião do Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio, realizado nesta quinta-feira (28/09), o Brasil apresentou, em nome de todos os signatários, a carta conjunta assinada, em 7 de setembro, por 17 países em desenvolvimento sobre a entrada em vigor da "EU Deforestation Regulation", a chamada "lei antidesmatamento" da União Europeia (vide Nota à Imprensa nº 377 ). O Brasil participou ativamente da articulação do documento, que inclui ainda Argentina, Bolívia, Colômbia, Côte d`Ivoire, Equador, Gana, Guatemala, Honduras, Indonésia, Malásia, México, Nigéria, Paraguai, Peru, República Dominicana e Tailândia.
Na mesma reunião, o Brasil copatrocinou declaração do Grupo de Cairns (coalizão de 19 países interessados na liberalização do comércio agrícola global) sobre sustentabilidade na agricultura, na qual se expressa a preocupação desses países com as medidas comerciais de cunho ambiental adotadas unilateralmente por alguns membros da OMC. A posição conjunta do Grupo de Cairns, que reúne países desenvolvidos e em desenvolvimento, confere importante reforço à demanda por respeito às regras multilaterais de comércio.
Nos últimos três anos, o Brasil tem apresentado diversos questionamentos à União Europeia, no âmbito do Comitê de Agricultura, quanto à adequação às normativas da OMC das medidas ora consolidadas na "lei antidesmatamento". O exercício de revisão dos compromissos dos países no Comitê, que não se confunde com o sistema de solução de controvérsias da OMC, constitui oportunidade para diálogo político e técnico sobre as políticas agrícolas e comerciais dos membros da Organização.
Por: Ministério das Relações Exteriores (MRE), com edição da Agência Gov
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