Em Sergipe, Ministério da Igualdade Racial apresenta ações realizadas em 2023

O diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial, Yuri Silva, representou o Governo Federal ao participar de ciclo de ações de combate ao racismo contra os povos de comunidades tradicionais urbanas da região sergipana.  Durante a agenda no Sergipe, o diretor ouviu as demandas apresentadas pelas comunidades, conhecidas como quilombos urbanos, pelos movimentos sociais e dos gestores estaduais e municipais. 

Entre as atividades feitas no estado, destaca-se o encontro potente com representantes do movimento negro estadual e dos municípios de Aracaju e São Cristóvão, no Centro de Criatividade, território quilombola. Na ocasião, o diretor Yuri aproveitou a oportunidade para conhecer mais sobre trabalho que o movimento negro tem feito para contribuir na garantia dos direitos nos territórios, além apresentar as iniciativas promovidas pelo MIR nesses 10 meses de nova gestão do Governo Federal, sob a liderança da ministra Anielle Franco nessa pasta.

Em visita ao Observatório da Mulher Sergipana, em Aracaju, Yuri Silva ressaltou a possibilidade de parceria entre o equipamento e o Governo Federal, por meio da Secretaria Geral da Presidência e do Ministério da Igualdade Racial, a fim de fortalecer o trabalho já conduzido por mulheres negras aguerridas em defesa de políticas públicas para essa população, que sofre com o feminicídio e com diversas mazelas sociais. Durante reunião, gestoras municipais expôs relatos sobre as estatísticas sistematizadas feitas pelo Observatório, e que tende a contribuir na laboração de políticas multisetoriais e transversais de promoção de direitos para as mulheres, em especial com atenção às demandas das mulheres negras.

O diretor Yuri Silva ressalta a importância de poder estar cada vez mais presente nos territórios. “Esses momentos de escuta, diálogo, poder conhecer as diferentes realidades dos territórios e acolher as demandas das suas respectivas comunidades têm sido fundamentais e, ao mesmo tempo, desafiador. Aqui em Sergipe, fizemos levantamentos de pautas de combate ao racismo e promoção de igualdade racial, a exemplo da proteção a lideranças ameaçadas e da necessidade de articulação intergovernamental para a efetivação de demandas que esbarram no racismo institucional. Que possamos fortalecer a luta do movimento negro potente, lutador e aguerrido desse território e trazer respostas para o povo de Sergipe”, afirma.

O ciclo de atividades contou com diálogo entre Governo Federal e a comunidade do Porto D’Areia, em Estância, cidade de grande relevância cultural para o estado de Sergipe e uma das mais representativas para o povo negro sergipano. Ao lado da diretora de Articulação de Políticas Públicas da Secretaria-Geral da Presidência, Izadora Brito, o diretor do MIR, em meio à escuta ativa, registrou as necessidades do território para intervenção junto aos ministérios parceiros da SGPR e do Ministério da Igualdade Racial.

No município de Laranjeiras, o diretor ainda participou da manifestação cultural dos Lambe-Sujos, um patrimônio ainda a ser reconhecido pelo Estado brasileiro devido à sua força ancestral e resistência ao longo da história. A festividade acontece sempre no segundo domingo do mês de outubro nos municípios de Itaporanga e Laranjeiras. A tradição é datada de 1860, antes da abolição da escravidão no Brasil. O folguedo é a representação da batalha de dois grupos: de um lado os Lambe Sujos, que representam os escravos e do outro os Caboclinhos, representando os indígenas.

Para Izadora Brito, “o Brasil voltou a ter o olhar atento para os mais vulneráveis e caminha a passos largos em direção a reparação histórica que o povo brasileiro, em especial o povo negro, tanto precisa. Como sergipana também reforço a necessidade do olhar para o nordeste, região por muitas vezes fora da rota de políticas públicas essenciais para o crescimento econômico local. Estar representando a Secretaria Geral da Presidência e o Ministro Márcio Macedo, em Sergipe tem sempre um sabor especial. A agenda foi um sucesso e voltamos para Brasília, com muitas demandas a serem encaminhadas”, conclui.

Por: Ministério da Igualdade Racial