Ministro Rui Costa leva projetos do Novo PAC a investidores chineses

A corrida para apresentar o novo plano de investimentos do Brasil a novos investidores internacionais segue com mais uma agenda importante realizada. Desta vez, as oportunidades do Novo PAC, construído pelo governo federal para ampliar o acesso da população a políticas públicas e para promover o desenvolvimento do Brasil, foram apresentadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, a empresas chinesas. O ministro esteve nesta quarta-feira (11), em São Paulo, em seminário organizado pela Associação Brasileira de Empresas Chinesas (ABEC) e pelo Banco da China no Brasil. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também participou do evento e apresentou dados da sua pasta relacionados ao novo plano de investimentos.

O ministro da Casa Civil apresentou as várias possibilidades de o investidor internacional participar das obras e projetos. “Quero chamar a atenção para as diversas oportunidades que as empresas chinesas podem ter com o Novo PAC. As empresas podem participar por exemplo de concessões públicas, em Parcerias Público Privadas [PPPs] no fornecimento de materiais e equipamentos, ou até mesmo compondo o capital para lance em leilão”, detalhou o ministro.

Sobre as áreas potenciais, o ministro destacou a infraestrutura, a energia, como áreas de expertise chinesa, mas fez um convite para que as parcerias possam ir além, abrindo o leque para a área da saúde e a mineral, por exemplo. Associada à ampliação de portos e aeroportos, “à área mineral, voltada a produção de baterias, é uma prioridade”. Costa assinalou que o governo brasileiro tem clara opção pela neoindustrialização com redução de emissão de carbono. “Vamos fortalecer e apoiar os estados para transportes coletivos, ônibus elétricos. Aproveito para destacar que a empresa chinesa BYD iniciou o trabalho para produzir carros elétricos aqui no Brasil. Este é um caminho que o mundo vai percorrer e o Brasil tem pressa para sedimentar”.

Ao colocar a Casa Civil e demais ministérios à disposição para detalhamento específico de projetos de interesse, Rui Costa mencionou a obra do túnel Santos-Guarujá, no litoral de São Paulo, como uma oportunidade para investidores da China. “Um importante projeto de infraestrutura em PPP que, para se tornar viável, terá aporte do governo do estado e do governo federal, além do investimento privado, em menor porte. Esta obra mudará a lógica e a capacidade operacional do porto [de Santos]”, afirmou o ministro.

Cerca de 70 empresas do país asiático estiveram presentes no evento, além de representantes diplomáticos da China no Brasil. O presidente do Banco da China, Zhang Guanghua, destacou a parceria entre os dois países. “A parceria bilateral está entrando numa nova era. É um evento muito importante para a China e agradecemos a disponibilidade em realizar esta apresentação aos nossos investidores. Isso demonstra a boa vontade do governo brasileiro com a China, pois ouvir do mais alto nível do governo brasileiro vai ajudar a ter uma ideia mais detalhada desse programa. Todas as empresas chinesas vão atuar conforme as regras brasileiras na construção de uma parceria de sucesso”, afirmou.

Os secretários especiais da Casa Civil, Mauricio Muniz (Articulação e Monitoramento) e Marcus Cavalcanti (Programa de Parcerias e Investimentos) acompanharam o ministro Rui Costa na agenda. Pelo Ministério dos Transportes, a secretaria nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, detalhou as possiblidade de investimentos na infraestrutura rodoviária.

Parceria internacional

O Novo PAC prevê investimentos de R$1,7 trilhão em projetos estruturantes, como ferrovias, portos, aeroportos, e em projetos de menor porte que leva políticas públicas para mais perto da população, a exemplo de creches, unidades de saúde. O objetivo do governo é promover emprego e renda, a partir da contratação de mão de obra local, ampliar o acesso da população a serviços públicos e impulsionar o Brasil para um novo patamar econômico, priorizando a sustentabilidade como base deste desenvolvimento.

Por: Casa Civil