BNDES assume presidência da Coalizão Verde, que pode garantir até US$ 20 bi para a Amazônia em 7 anos
Desenvolvimento sustentável é o foco da aliança, união inédita entre 17 bancos de fomento dos países da região, em parceria com BID, Banco Mundial e CAF
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assumiu nesta sexta-feira (1º/12), durante evento da COP 28, em Dubai, a presidência do Comitê Diretor da Coalizão Verde, união inédita entre o BNDES e 17 bancos públicos de fomento dos países da bacia amazônica, em parceria com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento (CAF). Na ocasião, a aliança internacional, pioneira na promoção do reflorestamento e desenvolvimento sustentável na Amazônia, informou que deve mobilizar entre US$ 10 e US$ 20 bilhões para negócios e iniciativas na região até 2030.
“Essa colaboração técnica e financeira permite soluções regionais e mecanismos mais ágeis e abrangentes para encontrar alternativas sustentáveis, de um ponto de vista socioambiental, para a diversa e plural população amazônica, nas cidades e na floresta. Esse é um grande legado que a América Latina pode proporcionar para o mundo”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que presidirá o Grupo pelos próximos dois anos.
Nesse período, segundo o plano apresentado pela Coalizão, o trabalho será organizado em quatro frentes: soluções inovadoras para mobilização de recursos (subvenções, empréstimos, mercados de capitais e esquemas de financiamento misto, etc.), identificação das necessidades e visões de desenvolvimento local para respaldar novas oportunidades de financiamento, criação de um laboratório de inovação financeira para elaborar produtos para a região e estabelecimento de um Marco Comum de Finanças Sustentáveis adaptado ao território para alocação eficaz e transparente de recursos.
Entre os objetivos, ressalta o presidente do BNDES, está a busca por equacionar questões já conhecidas na região. “O Banco identifica como desafios prioritários, a partir de sua experiência na Amazônia, a regularização de terras, a logística, o acesso à energia e à internet, a segurança, o saneamento, a necessidade de desenvolver o ecossistema empresarial e a falta de assistência técnica rural, bem como garantias e instrumentos de mitigação de riscos para atrair investimentos”.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destaca o potencial transformador da sinergia entre as instituições. “Estamos focando nossos esforços para o fomento e integração de atividades econômicas sustentáveis que ofereçam alternativas voltadas à proteção da saúde do bioma amazônico em benefício das gerações presentes e futuras”, contextualiza. Os resultados do plano de Trabalho apresentados nesta sexta serão levados à COP-30, que acontece em 2025, em Belém (PA), mesmo local onde a Coalizão Verde foi lançada, durante a Cúpula da Amazônia.
Por: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
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