Ministério da Saúde alerta para medidas de prevenção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis
Conheça as alternativas para evitar a transmissão de doenças e curtir o carnaval em segurança
O uso de preservativos é tema da campanha de carnaval do Ministério da Saúde. A Pasta alerta os foliões de todo o Brasil sobre a prevenção contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), para garantir um período de festas seguro. As camisinhas são disponibilizas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e podem ser adquiridas nas Unidades de Saúde em todos os estados brasileiros.
Mas os cuidados vão além da prevenção, alerta a a Coordenadora-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Pamela Cristina Gaspar. Os exames para detecção de ISTs e a vacinação também são fundamentais para garantir a saúde de todos. Os serviços estão disponíveis no SUS.
"Durante o carnaval, o Ministério da Saúde lança essa campanha nacional para conscientizar a população sobre a importância da prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis, que este ano, traz como slogan Carnaval: respeito e proteção tem que ter. Essa iniciativa vai lembrar os foliões que a proteção é uma peça fundamental para a festa, lado a lado com o respeito", destacou.
À Agência Gov, a coordenadora explica que há diversas formas de cuidar da saúde sexual, mas reforça a importância de usar preservativo. “Como o próprio nome diz, as ISTs são transmitidas por via sexual, seja oral, vaginal ou anal. A sífilis, a clamídia e a gonorreia são exemplos. O uso do preservativo interno ou externo é uma forma muito importante de prevenção, e estão disponíveis nas unidades de saúde do SUS de maneira gratuita”, disse.
Pamela Gaspar lembra também que, desde o final de 2023, o Ministério da Saúde retomou a distribuição de gel lubrificante para estados e municípios, como forma de prevenção, sobretudo no sexo anal. “Isso porque o uso do gel diminui o atrito e a formação de microlesões que facilitariam a entrada de agentes causadores das ISTs”, explica.
Feito o repasse do Ministério da Saúde, a distribuição de preservativos internos e externos é de responsabilidade dos governos estaduais e municipais, que devem contar com um estoque ainda maior de camisinhas para ofertar aos foliões neste período. Os preservativos podem ser retirados nas unidades de saúde, nos serviços de atenção especializada e também nas campanhas de carnaval realizadas em cada localidade. “Lembrando que se usar o preservativo interno é só ele, se usar o preservativo externo é só ele. Não se deve usar os dois preservativos ao mesmo tempo”, alerta a coordenadora.
Testes períodicos
Segundo Pamela Cristina Gaspar, é fundamental que as pessoas sexualmente ativas realizem a testagem de forma regular, mesmo quando não há presença ou sinais de sintomas, já que diversos casos são assintomáticos. “Muitas vezes, as ISTs se apresentam de forma silenciosa, sem o aparecimento de uma doença ou de um vírus, mas mesmo assim elas podem ser transmitidas e causar consequências para a saúde”, explicou.
O SUS oferece gratuitamente exames para ISTs, como o teste rápido da sífilis, de HIV, hepatite B e C, além do teste laboratorial para clamídia e gonorreia. Se o diagnóstico de uma IST for confirmado, o tratamento também está disponível no SUS, gratuitamente, e é importante não apenas para melhorar a qualidade de vida de quem foi infectado, mas também por interromper a cadeia de transmissão.
Para o vírus HIV, o SUS oferece duas formas de prevenção específicas: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP). A PrEP deve ser usada em situações de pré-exposição, e é indicada para pessoas com maior vulnerabilidade ao HIV, já que prepara o corpo humano para evitar uma possível infecção pelo vírus, com medicamentos tomados antes da relação sexual. Já a PEP é a prevenção pós-exposição, que deve ser usada depois da relação sexual em que houve risco de infecção pelo HIV, como nos casos de não uso do preservativo ou de rompimento durante relação sexual. “A pessoa tem 72 horas para iniciar o uso da PEP, mas quanto antes procurar uma unidade de saúde, melhor”, afirma Pamela.
Onde encontrar a PrEP e a PEP?
Para saber qual é a unidade de saúde mais próxima de sua localidade que oferece a PrEP e a PEP, basta acessar a página do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do portal do Ministério da Saúde, (https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/prevencao-combinada/prep-profilaxia-pre-exposicao/onde-encontrar-a-prep). No site, está disponível uma tabela em que é possível buscar por unidade federativa e aparecerá a relação de municípios, com a indicação da unidade de saúde e seu endereço.
Além dos preservativos, lubrificantes, exames e medicamentos profiláticos, o SUS também oferece outro mecanismo para a prevenção durante toda a vida sexual, a vacinação. No sistema público, estão disponíveis as imunizações contra hepatite B para crianças e adultos, HPV para crianças, adolescentes e populações específicas entre os adultos, aqueles que vivem com HIV-AIDS. “Nossas vacinas são seguras, eficazes para a prevenção dessas infecções e, no acaso do HPV, ela também previne diversos cânceres, como o câncer de colo de útero, o oral, o anal e também o peniano”, garantiu a coordenadora do Ministério da Saúde.
Carnaval, respeito e proteção, tem que ter
Durante o carnaval de 2024, o Ministério da Saúde está com uma campanha nacional para conscientizar a população sobre a importância de se prevenir contra as ITSs, com o slogan “Carnaval, respeito e proteção tem que ter”. Com conteúdo difundido nas emissoras de rádio, televisão e nas redes sociais, a estratégia é explicar como se proteger antes, durante e depois desse feriado, e reforça a importância de se cuidar o ano inteiro.
“Essa iniciativa vai lembrar os foliões que a proteção é uma peça fundamental para a festa, lado a lado com respeito, diversidade e inclusão”, disse a coordenadora, reforçando que o SUS está preparado para realizar atendimentos, diagnósticos, tratamentos, distribuição de preservativos e das profilaxias pré e pós-exposição a infecções sexualmente transmissíveis gratuitamente.
Por: Agência Gov
Texto: Daniella Cambaúva
Edição: Thays de Araújo
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