Ministério da Saúde envia doação de leite materno ao Rio Grande do Sul

Nesta terça (11/6), o Ministério da Saúde enviou ao Rio Grande do Sul a primeira doação de leite materno. Nessa remessa, o estado recebe 33 litros, que podem alimentar cerca de 25 bebês internados em unidades neonatais, de forma exclusiva, durante oito dias. A doação é fruto de uma mobilização solidária da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH-BR) para abastecer os estoques afetados pelas enchentes.

O material foi recolhido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), que ainda conta com mais 66 litros disponíveis para envio ao estado. Além disso, a expectativa do Ministério da Saúde é encaminhar mais 700 litros, obtidos por meio dos bancos de leite presentes em todo o Brasil.

A coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, Sonia Isoyama Venâncio, conta que devido à crise que atinge a população gaúcha, os serviços de doação de leite humano tiveram que ser interrompidos. Diante disso, o Ministério da Saúde tem se esforçado para viabilizar o transporte seguro do alimento ao estado. “Esta é uma ação que tem um impacto grande na prevenção de infecções e na mortalidade neonatal. Esse leite é importante para continuarmos oferecendo o melhor cuidado para os recém-nascidos de risco, apesar das enchentes”, explicou Sônia.

O aleitamento pode reduzir em até 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos e é considerado fundamental para a recuperação de bebês prematuros ou de baixo peso, protegendo contra diarreias, infecções e alergias.

Para preservar a qualidade da carga, o leite humano foi congelado, pasteurizado e recebeu gelo seco, uma vez que a manutenção da temperatura é essencial para a preservação do alimento. É importante destacar que cada doação recebida passa por processo rigoroso que envolve análise, pasteurização e controle de qualidade antes de ser distribuído.

O Brasil lidera a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, conhecida por sua combinação única de baixo custo, alta qualidade e tecnologia avançada. Essa rede serve como referência internacional e tem compartilhado suas estratégias com mais de 20 países na América Latina, América do Norte, Caribe e Europa.

Por: Ministério da Saúde