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Governo Federal reforça importância da redução do risco de desastres em reunião do G20

O evento presencial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20 teve abertura oficial nesta segunda-feira, 29 de julho, no Rio de Janeiro. Desafios na recuperação de cidades com a colaboração de agentes internacionais é tema central no debate

Agência Gov | Via Secom/PR
29/07/2024 14:44
Governo Federal reforça importância da redução do risco de desastres em reunião do G20

Durante participação no encontro presencial do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20, na sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, o secretário nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões, destacou o papel das ações da pasta para a redução de risco de desastres para a população brasileira, em especial para a população mais vulnerável.

“Quando o presidente Lula propõe a criação de uma aliança contra a fome e a pobreza, aponta para a melhora nas condições de vida dos mais pobres. Redução de riscos de desastres é parte integrante desse entendimento. Temos o papel de criar uma agenda de longo prazo para a prevenção de desastres, com ações que reduzam as vulnerabilidades", disse Simões no encontro que reúne as principais economias mundiais.

O tema foi debatido no Rio de Janeiro com a presença de representantes da Índia, da África do Sul e do Brasil. O secretário Guilherme Simões, enfatizou a necessidade da redução dos riscos. “No contexto brasileiro, o passado colonial e a herança desigual ainda permanecem de forma estrutural na economia e nas políticas públicas e se materializam em precariedade urbana, pobreza e maior vulnerabilidade a risco de desastres”, disse.

O Ministério das Cidades apresentou cinco soluções baseadas na natureza para essas vulnerabilidades. As sessões foram abertas para a participação da sociedade civil, reforçando que a participação social é um alicerce da democracia e um pilar da presidência do Brasil no G20, sob o comando do presidente Lula. O mandato do Brasil encerra em novembro deste ano e o país será substituído pela África do Sul.

A sessão foi organizada em parceria com a organização internacional Stakeholder Engagement Mecanism (SEM) e contou com apoio da UNESCO e da UNDRR. As soluções baseadas na natureza e abordagens ecossistêmicas para redução de risco de desastre compõem a sexta prioridade do grupo de trabalho de redução de risco de desastre do G20 e prevê uma agenda de longo prazo no contexto de emergência climática mundial.

As medidas orientam as ações para a prevenção de riscos de desastres e para melhoria da qualidade de vida nas cidades com objetivo de reduzir e, se possível, evitar perdas de vidas e danos materiais, psicológicos, culturais, sociais causados por desastres cada vez mais recorrentes e extremos que impactam de forma significativa os mais vulneráveis.

Guilherme Simões destacou, durante o evento, o trabalho realizado no país. “Na Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das cidades, consideramos essencial: soluções sustentáveis e inclusivas que tenham benefícios socioambientais, e sejam medidas sem arrependimento e considerem as comunidades locais como parceiros na concepção e implementação das ações. Essa perspectiva também significa reconhecer e fortalecer as medidas já adotadas pelas comunidades como pudemos conhecer nessa sessão”.

A participação brasileira do debate, por meio do Ministério das Cidades, confirma o compromisso da pasta em socializar a agenda e discussão de prioridades do Grupo de trabalho de redução de risco de desastre do G20, assim como reconhece o saber e experiência de organizações internacionais e dos movimentos sociais locais para a construção efetiva do trabalho integrado entre ciência, política e sociedade com objetivo na redução de risco de desastre. “Os movimentos sociais têm papel fundamental para fortalecer a efetividade das políticas públicas do governo brasileiro”, falou o secretário.

A prioridade de combate à desigualdade foi introduzida este ano quando o Ministério das Cidades, junto com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, assumiu a gestão do grupo seguindo o principal objetivo do governo Lula de combate à pobreza. O objetivo de inserir o tema dentro do G20 é buscar a consolidação de uma comunidade internacional preventiva, com protocolos e ações coordenadas com esse fim e com o foco nos mais vulneráveis. A pasta ressalta que é preciso enfrentar o racismo ambiental e a injustiça climática.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, ressaltou que o compartilhamento de informações é um dos pilares do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres do G20. Representando o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, Wolnei Wolff destacou a importância da troca de informações. “Essa troca de boas práticas e experiências entre os 20 países membros é a oportunidade que eles têm de se articular e apresentar os casos de sucesso”.

“Vivemos em uma era de desafios sem precedentes em que as ameaças de desastres naturais, mudanças climáticas e crise econômica colocam à prova nossa capacidade de resposta e recuperação. Mais do que nunca, precisamos de abordagens inovadoras e integradas para garantir que a recuperação não seja apenas rápida, mas também inclusiva e resiliente, beneficiando a todos, especialmente as populações mais vulneráveis”, afirmou.

Por: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR)

 

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