Agricultura

Plano Safra estimula produção com mais qualidade e sustentabilidade, diz Fávaro

Ministro da Agricultura e Pecuária detalhou o maior Plano Safra da história durante programa 'Bom Dia, Ministro' desta quinta (4/7); São R$ 400,59 bilhões para financiamentos, 10% a mais em relação à safra anterior

Eduardo Biagini | Agência Gov
04/07/2024 11:32
Plano Safra estimula produção com mais qualidade e sustentabilidade, diz Fávaro
Joédson Alves/Agência Brasil
Carlos Fávaro: "É mais recurso chegando no campo, nos produtores, financiando a safra, financiando equipamentos. E isso é bom não só para o campo, para a cidade também, porque lá na cidade a economia aquece, gera empregos, oportunidades"

Mais de R$ 400 bilhões voltados a médios e grandes produtores rurais e, assim, impulsionar o setor agropecuário brasileiro e estimular uma produção com mais qualidade, segurança e sustentabilidade. Os detalhes do Plano Safra 2024/2025, o maior da história, foram apresentados pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante participação no programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira (4/7), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões (+8%) serão para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (+16,5%), para investimentos.


“Para você ter uma noção, apesar dos preços das commodities bastante achatados dos últimos dois anos, apesar das crises climáticas e quebras de safra, a agropecuária brasileira foi o setor da economia que cresceu 15% em 2023. Foi o setor que mais cresceu na economia. Lógico que é por força da competência de homens e mulheres que são vocacionados a produzir alimentos, mas sem sobra de dúvida tem nesse crescimento o componente do apoio do Governo Federal”

“Fizemos em 2023/2024 o maior Plano Safra da história. E este ano repetimos este recorde. Só pra se ter uma noção, nos dois Planos Safra são 40% mais recursos disponibilizados que o último ano do governo passado. Além disso, tem um fator importante. Nesses dois anos os custos de produção, preço de adubos, sementes, os custos dos insumos caíram em média 23%. O plano deve ser 63% mais eficiente. É mais recurso chegando no campo, nos produtores, financiando a safra, financiando equipamentos. E isso é bom não só para o campo, para a cidade também, porque lá na cidade a economia aquece, gera empregos, oportunidades”, afirmou o ministro


Sustentabilidade

Durante o bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro da Agricultura e Pecuária citou as ações para promover o crescimento da produção sem deixar de lado a preservação ambiental. O Plano Safra vai continuar incentivando o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, assim como ocorreu na edição passada. Para isso, serão premiados os produtores rurais que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e, também, aqueles produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis. Neste ano safra – referente ao período de plantio e colheita –, o Governo Federal continua incentivando as boas práticas. A redução poderá ser de até 1% na taxa de juros de custeio. “Este ano nós ampliamos isso. Além de os produtores que tem o Cadastro Ambiental Rural aprovado e que se sintam estimulados que terão 0,5% de desconto, outras boas práticas de sustentabilidade também vão ser beneficiadas com mais 0,5%. Portanto, será 1% a menos de juros para os produtores que têm praticas de sustentabilidade, disse Carlos Fávaro.

Na linha de financiamento para investimentos, são 13 programas que proporcionam a inovação e a modernização das atividades produtivas, contribuindo para a continuidade dos ganhos de produtividade, competitividade, emprego e renda. Entre eles, destaca-se o Programa para Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro), que incorpora os financiamentos de investimentos identificados com o objetivo de incentivo à Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.

Por meio dele, é possível financiar práticas sustentáveis como a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação e a ampliação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas, a adoção de práticas conservacionistas de uso e o manejo e proteção dos recursos naturais.


“É a linha de crédito mais barata que tem. São juros de 7% ao ano. R$ 2 bilhões destinados. Já tivemos no ano passado. Vamos ter de novo este ano R$ 2 bilhões para conversão de pastagem, melhoria das pastagens, para produzir o que quiser. Pode ser pasto de novo, mais intenso, com mais qualidade, pode ser agricultura, pode produzir frutas, floresta plantada, pode pruduzir o que quiser, mas com qualidade na terra. Dois anos de carência, dez anos para pagar. Isso agora vai receber premio no Plano Safra. É produzir cada vez mais com qualidade, com segurança, e com sustentabilidade”, explicou o ministro


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Abertura de mercados

Carlos Fávaro citou ainda que o Brasil registrou a abertura de 152 novos mercados para os produtos da agropecuária em um ano e seis meses e os impactos para a economia.

“As boas relações diplomáticas, as boas relações de amizade com a volta do presidente Lula ao comando deste país estão mudando a história da agropecuária brasileira. Foram abertos 152 novos mercados para a agropecuária brasileira em um ano e meio O recorde absoluto em um ano foi no ano passado: 78 novos mercados. Nós estamos no meio do ano e já foram abertos 74 novos mercados. Quase batemos o recorde anual em meio ano. E estamos vendendo de tudo. Não é só carne bovina, suína, soja, milho, suco de laranja, algodão. Tudo que estamos produzindo. Mas isso é geração de renda aqui dentro”, afirmou o ministro.

Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro


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