Justiça

PF avança em investigação de grupo que usava Abin para espionar autoridades

Na quarta fase da Operação Última Milha, policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em quatro estados e no DF

Agência Gov | Via PF
11/07/2024 08:27
PF avança em investigação de grupo que usava Abin para espionar autoridades

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11/7) a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entenda a Operação Última Milha

A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. À época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin. O nome da operação faz alusão ao uso indevido do software israelense First Mile em combinação com outras ferramentas da agência.

“De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, destacou a PF à época. As apurações foram iniciadas a partir de suspeitas de que integrantes da oposição ao governo anterior teriam sido monitorados.

Com informações da Agência Brasil

 

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