Pimenta defende participação social para encontrar alternativas à crise climática
Quilombolas, agricultoras, pescadoras artesanais e indígenas participaram do painel desta quarta, na Expointer, em Esteio (RS)
O Ministério da Reconstrução do RS promoveu na manhã desta quarta, 29/08, no Estande do Governo Federal, na Expointer, em Esteio (RS), o painel "Os impactos da catástrofe na vida das mulheres quilombolas, agricultoras, pescadoras artesanais e indígenas". O evento debateu os efeitos das enchentes de maio e políticas públicas voltadas às mulheres do Rio Grande do Sul.
Na abertura, o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, destacou a possibilidade de uma busca coletiva por soluções para o desastre climático no estado.
"Vemos que as companheiras da agricultura familiar, as quilombolas, as indígenas, as pescadoras artesanais, por estarem nos locais de maior vulnerabilidade, foram as mais atingidas. Que possamos pensar juntos políticas públicas, não só para termos uma resposta imediata, mas também para buscarmos o que precisamos fazer para que uma situação como essa não se repita nas proporções e consequências que essa enchente teve ao povo gaúcho", salientou.
O ministro destacou, ainda, a importância de espaços de reflexão sobre as mudanças climáticas.
"Choveu muito, mais do que chove normalmente, mas temos que questionar: por que está chovendo tanto? Por que hoje estamos enfrentando queimadas no Pantanal? No Amazonas, a maior estiagem da história, queimadas em São Paulo e o Rio Grande do Sul mergulhado em uma crise climática. Será que ainda é possível as pessoas negarem o tema das mudanças climáticas? Porém, se determinadas políticas públicas tivessem sido realizadas, será que essa enchente teria tido a consequência que teve?", enfatizou Paulo Pimenta.
O painel foi organizado pelas diretoras do Ministério da Reconstrução de programas para as mulheres, Ana Affonso, e de articulação com a comunidade científica e acadêmica, Fernanda Corezola. As debatedoras foram Juliane Soares (MST), Lerida Pivoto (FETAG), Cleonice Back (FETRAF), Lisiane Borges, liderança quilombola, Patrícia Ferreira, da Aldeia São Miguel das Missões, Júlia Gimenes, da Aldeia Guyra Nhendu - Som dos Pássaros, Iracema, da Aldeia Garé, Vanusa Kaiper, pescadora das Ilhas de Porto Alegre e Janete, representando os quilombos urbanos de Porto Alegre.
Por MRRS
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