FAB destrói helicóptero usado em garimpo ilegal na Terra Yanomami em ação conjunta com PF e Ibama
Aeronave era utilizada no transporte de cassiterita, combustível e mantimentos, que também foram apreendidos durante operação
Em mais uma operação de combate ao garimpo ilegal, a Força Aérea Brasileira (FAB) destruiu uma aeronave usada para atividades de mineração na Terra Indígena Yanomami. A ação foi realizada em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e faz parte de um esforço contínuo do Governo Federal para proteger a maior reserva indígena do Brasil. As ações são coordenadas pela Casa de Governo com o objetivo de combater crimes ambientais na região.
O helicóptero Eurocopter EC350 (Esquilo), que era utilizado de forma clandestina e com uma matrícula falsa, foi interceptado pela FAB em Campos Novos, uma clareira de difícil acesso no estado de Roraima. A ação ocorreu em 9 de outubro de 2024.
De acordo com as autoridades, a aeronave desempenhava um papel crucial no transporte de equipamentos e suprimentos essenciais para o garimpo ilegal na Terra Yanomami, como a cassiterita — um mineral valioso —, combustível de aviação e mantimentos. Com o apoio aéreo da FAB na identificação e interceptação, o helicóptero foi destruído no local com o uso de explosivos, representando um duro golpe nas operações de extração mineral, que dependem de aeronaves para acessar áreas remotas e transportar recursos.
Apreensão de materiais
A operação, que integra um conjunto de ações planejadas pelo Governo Federal, com a Casa de Governo à frente da coordenação, resultou na destruição da aeronave e na apreensão de aproximadamente 500 quilos de cassiterita, combustível de aviação e outros suprimentos utilizados pelos garimpeiros.
Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, destacou a importância da ação: “Esta operação é um sinal claro de que o Governo Federal brasileiro está comprometido em proteger a Terra Indígena Yanomami. Ao eliminar esses meios logísticos, estamos dificultando as operações dos garimpeiros e demonstrando que o Estado está presente para preservar a vida das populações indígenas”, frisou.
Mais de 2 mil operações
As operações coordenadas pela Casa de Governo entre março e outubro de 2024 geraram prejuízos significativos ao garimpo ilegal, estimados em R$ 219 milhões. Nesse período, foram realizadas 2.163 operações, que resultaram na apreensão e destruição de equipamentos e recursos essenciais para as atividades ilegais.
Entre os itens mais relevantes destruídos estão 21 aeronaves, 102 antenas de internet via satélite Starlink, 45 pistas de pouso clandestinas e 836 motores. Além disso, foram inutilizadas 100 toneladas de cassiterita, 259 geradores e 322 acampamentos clandestinos. O combustível, essencial para o funcionamento das máquinas, também foi alvo das ações: 96.158 litros de óleo diesel foram inutilizados, representando um golpe severo na capacidade logística dos garimpeiros.
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