Ministério da Saúde reforça estratégia de vacinação contra HPV
Objetivo é mobilizar estados e municípios para resgatar adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a vacina
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O Ministério da Saúde promoveu um webinário para reforçar estratégias de ampliação da vacinação contra o HPV . O objetivo é mobilizar estados e municípios para resgatar adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a vacina, essencial na prevenção de cânceres do colo do útero, vulva, pênis, ânus e orofaringe. O evento reuniu mais de 700 participantes, incluindo gestores, profissionais de saúde e o público em geral, na última sexta-feira (28/2),
O encontro abordou a introdução da vacina contra o HPV em dose única no Brasil, um marco importante que segue as recomendações do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) e evidências científicas que comprovam sua eficácia. A dose única facilita a operacionalização da vacina, contribuindo para a eliminação do câncer de colo do útero e sendo a forma mais rápida de combater a doença em todo o mundo. “O Brasil assumiu o compromisso de adotar essa estratégia para adolescentes de 9 a 14 anos sem comprometimento imunológico, mantendo o esquema combinado para outros grupos prioritários”, afirmou a representante do Ministério da Saúde, Ana Goretti.
Além de ampliar o público-alvo para jovens de 15 a 19 anos, o Brasil também passou a incluir novos grupos prioritários na vacinação contra o HPV. Pacientes com papilomatose respiratória recorrente, que exigem múltiplas cirurgias ao longo do ano, agora fazem parte dessa estratégia, devido à redução da necessidade de intervenções cirúrgicas promovida pela imunização. Outros grupos que também foram incorporados são os usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e indivíduos imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, de ambos os sexos.
Resgate
A ação de resgate será realizada em fases, com o foco inicial em 120 municípios que apresentam os maiores índices de jovens sem vacinação. A meta é vacinar 90% dessa faixa etária que ainda não recebeu nenhuma dose da vacina. Para isso, os estados e municípios deverão adotar locais estratégicos de vacinação, como escolas, universidades, shoppings e ginásios esportivos, além das unidades básicas de saúde.
“Os adolescentes não vacinados representam um problema global significativo, pois, além das consequências para a própria saúde, são potenciais transmissores do HPV. O desafio é grande, porque esse público dificilmente procura os serviços de saúde para se vacinar. Por isso, estamos reforçando a vacinação em escolas e outras estratégias para alcançar essa população”, explicou a coordenadora-Geral de Incorporação Científica e Imunização da SVSA, Ana Catarina.
O sucesso da estratégia depende do engajamento dos profissionais de saúde, da sociedade civil e de organismos internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). “O Brasil está sendo observado por outros países devido ao volume desse resgate. Com o comprometimento de todos, podemos nos tornar referência mundial nessa iniciativa e garantir um futuro livre dos cânceres relacionados ao HPV”, finalizou Ana Goretti.
A estratégia de resgate, com um prazo de três meses para execução, pretende assegurar que todos os adolescentes e jovens dessa faixa etária possam ser imunizados, contribuindo para a redução dos casos de câncer relacionados ao HPV e para um futuro mais saudável para as próximas gerações.
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