Infraestrutura

‘Todas as obras de garantia de água para o Nordeste foram preservadas’, diz Waldez Góes

Ministro da Integração e Desenvolvimento Regional detalha o Projeto de Integração do São Francisco e novas medidas voltadas para segurança hídrica dos nordestinos, que somam R$ 12 bilhões

Eduardo Biagini | Agência Gov
05/06/2025 11:00
‘Todas as obras de garantia de água para o Nordeste foram preservadas’, diz Waldez Góes
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Waldez Góes: 'É transformador um produtor de uva produzir no semiárido nordestino e dizer que ele faz isso por conta da transposição do São Francisco'

Para levar mais desenvolvimento ao Nordeste, todas obras de segurança hídrica para o consumo, agropecuária e indústria da região estão garantidas. A afirmação é do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Durante o programa Bom Dia, Ministro desta quinta-feira (5/6), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro explicou que as obras no Nordeste não foram atingidas pela contenção de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025, realizada pelo Governo Federal no mês passado para garantir a meta fiscal.

O Projeto de Integração do São Francisco (Pisf) já está concluído. Além dos grandes canais da transposição, outros projetos – como adutoras, ramais e reservatórios – estão espalhados pelos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte, formando o Caminho das Águas. Somando estudos e projetos em andamento, são mais de 70 ações, todas dentro do Novo PAC. No total, o Governo Federal destinou R$ 30 bilhões em recursos do Novo PAC para esses investimentos, dos quais R$ 12 bilhões serão voltados para infraestrutura hídrica.

O presidente Lula não tem deixado faltar recurso. Nem para defesa civil, nem para o desenvolvimento regional e, sobretudo, para a segurança hídrica. Todas as obras de garantia de água para o Nordeste brasileiro foram preservadas”, disse o ministro

Leia também
Caminho das Águas entra na segunda fase com entregas em três estados do Nordeste
'Essa obra é a redenção de um povo', diz Lula sobre transposição do São Francisco

Espalhado por 477 quilômetros e dividido em dois eixos (Norte e Leste) as águas do Velho Chico correm sertão adentro e já irrigam lavouras, abastecem casas, açudes e reservatórios, Ao todo, são mais de 3 mil quilômetros entre canais, adutoras e outros túneis que estão sendo construídos ou que já foram entregues, que vão beneficiar 12 milhões de pessoas que eram castigadas pela seca em 390 municípios.

A água destina-se não só mais ao consumo humano, mas também que possa viabilizar projetos de irrigação, de produção de alimentos, turismo, industrialização”, explicou.

“É transformador um produtor de uva produzir no semiárido nordestino dizer que ele faz isso por conta da transposição do São Francisco. 25 toneladas de uva por hectare em média. Manga, melão, enfim, tantos outros produtos que acontecem hoje em termos de produção. Até vinho se produz no semiárido nordestino. Então isso ganha uma dimensão muito além daquela inicialmente e que continua sendo prioridade, de consumo humano”.

Na semana passada, o presidente Lula esteve em Salgueiro (PE), onde participou da cerimônia de assinatura da ordem de serviço, no valor de R$ 491,3 milhões, para duplicar a capacidade de bombeamento de água em todo o Eixo Norte do Projeto de Integração do São Francisco, de 25 m³ de água por segundo para 50 m³ por segundo.

“Isso vai dobrar a quantidade de água a ser fornecida para o semiárido. Daqui a mais uns anos, vai se implantar mais outro conjunto de bombas. Então, à medida que vai aumentando a demanda, não só mais para o consumo humano, mas para a produção de alimentos, mais água vai sendo disponibilizada. Por isso que nós temos uma atividade e vou dedicar uma semana inteira voltada à questão da revitalização do São Francisco. Porque se nós vamos disponibilizar mais água para o semiárido nordestino, a gente precisa cuidar da fonte”, explicou.

Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro


A reprodução é gratuita desde que citada a fonte