Previdência

'Governo não protege ninguém', diz ministro da Previdência sobre Operação Sem Desconto

Em coletiva de imprensa, ministro da Previdência Social destacou que os órgãos de controle têm ampla liberdade para investigar todas as esferas de governo

Agência Gov | Via Ministério da Previdência
18/12/2025 16:20
'Governo não protege ninguém', diz ministro da Previdência sobre Operação Sem Desconto

O ministro da Previdência Social (MPS), Wolney Queiroz, informou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18) que o “governo não protege ninguém”, após nova fase da Operação Sem Desconto. A operação prendeu 16 pessoas preventivamente, entre elas o agora ex-secretário-executivo do MPS, Adroaldo Portal. A ação também cumpre 52 mandados de busca e apreensão em várias cidades do país.

Durante a entrevista, o ministro informou que, assim que soube da ação, determinou a exoneração de Portal e anunciou o novo secretário-executivo, Felipe Cavalcante e Silva, procurador federal da AGU que ocupava o cargo de consultor jurídico do MPS.

“Nós continuamos com a mesma determinação que nos trouxe aqui, com a qual me comprometi com o presidente da República. Ele me pediu para conter a crise, para cuidar dos aposentados, para estabelecer uma integridade, uma governança no Ministério, é o que estamos fazendo”, destacou Wolney Queiroz.

O ministro reiterou que a pasta não foi alvo de nenhum dos mandados e que órgão continua colaborando com a investigação. “Nós seguimos na busca pelos responsáveis. Esse governo não protege ninguém e a prova disso é que há uma ampla liberdade dos órgãos de controle, da CGU, da Polícia Federal, para investigar todas as esferas do governo para que a gente possa encontrar quem foram os responsáveis pelas fraudes, punir e trazer de volta cada centavo”.

Até o momento, quatro milhões de aposentados e pensionistas já foram ressarcidos dos descontos não autorizados, chegando a um volume de R$ 2,7 bilhões em pagamentos. A investigação comandada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União identificou os responsáveis e bloqueou R$ 2,8 bilhões dos investigados pela fraude.

Felipe Cavalcante e Silva passa agora a coordenar a gestão administrativa e o apoio direto às políticas públicas conduzidas pelo órgão. Como braço direito da gestão, o secretário-executivo terá sob sua responsabilidade a supervisão das Secretarias de Regime Geral e Regime Próprio da Previdência Social, além da integração estratégica entre o gabinete e as autarquias vinculadas, como o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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