Social e Políticas Públicas

BNDES e Sudene ampliarão investimentos para reduzir desigualdades no Nordeste

Acordo assinado nesta quinta contribui para que bancos e instituições financeiras da região possam ampliar operações de crédito fortalecendo o crescimento dos empreendedores

Agência Gov | Via BNDES
23/05/2024 19:34
BNDES e Sudene ampliarão investimentos para reduzir desigualdades no Nordeste
Foto: Agência BNDES/Divulgação
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e o superintendente da Sudene, Danilo Cabral

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) assinaram, nesta quinta-feira, 23, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para fortalecer o desenvolvimento sustentável do Nordeste. Com a parceria, as instituições de fomento pretendem ampliar os investimentos no setor produtivo da região, com medidas de aumento da oferta de crédito para cooperativas, MPMEs, com impactos na redução das desigualdades. O acordo foi assinado, na sede do Banco, no Rio, pela diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e pelo superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

A estratégia de ampliação de crédito para cooperativas e MPME é muito importante para o Nordeste, que tem participação de 14,2% no PIB, mas ainda apenas 9,4%, quando se observa apenas a participação do crédito da região na economia nacional, segundo dados do Banco Central.

Segundo Campello, o acordo é importante para a promoção de articulações estratégicas de desenvolvimento territorial que tenham impacto em prefeituras, atores do terceiro setor e órgãos diversos dos governos estaduais. “Talvez a maior inovação institucional que tenha acontecido no Brasil, nos últimos anos, tenha sido o Consórcio Nordeste, no ponto de vista de repensar o setor público e como se organizam os Estados. Essa ideia de se organizar e pensar a região é uma referência espetacular”, pontuou.

Evitar desperdícios

“Um dos grandes desafios dos governos é integrar políticas, sem gerar sobreposição de iniciativas e desperdício de recursos. O BNDES tem esse olhar de integração para a região, em semelhança ao nosso. Neste sentido, queremos analisar quais oportunidades dentro do nosso plano regional e da agenda de sustentabilidade o BNDES pode nos ajudar a viabilizar”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

O acordo assinado nesta quinta contribui para que bancos e instituições financeiras da região possam aumentar suas operações de crédito fortalecendo o crescimento dos empreendedores. A expectativa é ampliar o acesso ao crédito de cooperativas e de MPMEs. Para isso, o BNDES e SUDENE poderão operar via agentes financeiros locais, que repassarão recursos para os clientes de menor porte.

As duas instituições também vão trabalhar em estratégias de estruturação de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O objetivo é apoiar projetos de empresas e do setor público que contribuam para a redução de desigualdades regionais, com geração de empregos qualificados.

Estão previstos esforços de articulação e planejamento em iniciativas estratégicas de desenvolvimento territorial, incluindo fomento a investimentos em desenvolvimento urbano e modernização da administração pública municipal. A parceria prevê ainda o compartilhamento de dados, estudos e capacitações relacionadas a políticas de desenvolvimento regional, bacias hidrográficas e outros temas territoriais.

Fundo Caatinga

A diretora Socioambiental do BNDES e o presidente da Sudene também discutiram a formatação do Fundo Caatinga, para financiamento não-reembolsável de ações de prevenção e combate ao desmatamento e de restauro ambiental com inclusão produtiva no bioma. A proposta de criação desse instrumento foi apresentada pelo BNDES e Consórcio Nordeste na COP28, no final do ano passado. O Fundo está em fase de estruturação.

“Para além da captura de carbono, a Caatinga tem um potencial enorme de cumprir papéis em uma agenda ecossistêmica fundamental para o Brasil e para o mundo, em créditos de biodiversidade, em sua genética resiliente que deve ser valorizada, além de todo conhecimento adquirido pelos sertanejos ao longo dos anos”, afirmou Campello.

Por: Agência BNDES de Notícias


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