Economia

Estudo da FGV aponta que rendimento dos mais pobres tem maior expansão

Marcelo Neri, da FGV, cruzou dados da PNAD Contínua para concluir que base da pirâmide teve aumento médio de 10,7%, acima da média geral de 7,1%. Mais emprego e escolaridade explicam resultado

Isaías Dalle | Agência Gov
07/04/2025 12:27
Estudo da FGV aponta que rendimento dos mais pobres tem maior expansão
Agência CNI

Reportagem publicada pelo jornal Valor, nesta segunda (7/4), aponta que estudo da FGV captou aumento salarial médio de 10,7% entre os 50% de trabalhadores que têm os menores rendimentos. A média geral de aumento foi de 7,1%. O trabalho de pesquisa é do economista Marcelo Neri, que analisou os dados da Pnad Contínua entre 2023 e 2024.

Segundo ele, o aumento da oferta de empregos e a melhora nos índices de escolaridade são os principais fatores para essa expansão maior na parte inferior da pirâmide salarial.

Do aumento de 10,7%, 3,9 pontos percentuais vieram da queda do desemprego, segundo o economista. O crescimento da escolaridade aparece em dois fatores apontados por Neri: no salário-hora por anos de estudo (3,15 pontos percentuais) e também no número de anos de estudo (2,09 pontos percentuais), diz trecho da reportagem.

Outro fator importante para o resultado, segundo o jornal, é a política de valorização do salário mínimo. Quando o piso nacional sobe, o efeito se expande para toda a economia e para todas as faixas salariais.

Ainda de acordo com Neri, a renda média das pessoas ocupadas como um todo no quarto trimestre do ano passado foi de R$ 2.170. Nesse grupo dos 50% mais pobres, a renda média é de R$ 521. No conjunto dos 10% de trabalhadores mais ricos, por sua vez, o rendimento médio é de R$ 8.056.

 


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