Alckmin afirma que o clã do tarifaço atenta contra o Brasil desde a pandemia

Na tarde desta quinta-feira (10/7), em que comandou o lançamento do programa Carro Sustentável, em Brasília, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comentou sobre o tarifaço desferido contra o Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Alckmin atribuiu à família Bolsonaro a articulação de bastidores para insuflar o tarifaço.

Segundo o ministro, a atitude mais recente condiz com o histórico da família desde, pelo menos, a ascensão do patriarca, Jair, à Presidência, em 2018.

Nós já constatávamos que o clã Bolsonaro trabalhou contra o interesse do país e do povo brasileiro. Nós fomos verificar. Na saúde mais de 700 mil mortos na covid. Três vezes a média mundial pelo negacionismo e a campanha antivacina. Do ponto de vista de infraestrutura, a negação total do país continental como é o Brasil", disse Alckmin. 

O vice-presidente brasileiro alinhavou outras ações do clã.

"Do ponto de vista do meio ambiente, o maior desmatamento, o que ia comprometer também o agro, o agro que ia dificultar as exportações brasileiras. Do ponto de vista econômico, o maior déficit primário da história, em 2020, foi 9,3% de déficit primário, 9,3%. É bom lembrar que no mesmo ano o México teve 0,5% de déficit primário", disse, sobre o desprezo ao meio ambiente e aos fundamentos econômicos.

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Alckmin também falou da tentativa de golpe de Estado em 2023, antessala do que chamou de "atentado à economia".

Agora a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e contra o povo brasileiro. Antes era um atentado à democracia, agora é um atentado à economia, prejudicando as empresas e prejudicando os empregos", completou.

"Então, eu vou lamentar profundamente uma ação contra o interesse do povo brasileiro".

Fávaro: ação de Trump é 'indecente'

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou, também na tarde desta quinta, que o Governo Federal tem buscado os setores produtivos para preparar ações diante das ameaças de Trump. E disse que a atitude de Trump é "indecente"

"Diante da ação indecente do governo norte-americano em taxar em 50% as exportações brasileiras, já estamos agindo de forma proativa. Telefonei às principais entidades representativas dos setores mais afetados, o setor de suco de laranja, o setor da carne bovina e o setor do café, para que a gente possa, juntos, ampliar as ações que já estamos fazendo nos dois anos e meio do governo do presidente Lula, em ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais, dar oportunidade de crescimento para a agropecuária brasileira", disse.