Mutirão de hospitais universitários supera 12.400 procedimentos de saúde em todo o País
"Dia E" de atendimento mobilizou 45 hospitais universitários e faz parte do programa Ebserh em Ação, uma parceria com o projeto Agora Tem Especialistas e os ministérios da Educação e Saúde

A rede de hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), realizou 12.464 procedimentos no mutirão intitulado Dia E, realizado no último sábado, 5 de julho, em todo o país. A iniciativa foi um esforço concentrado, do qual os atendimentos corresponderam a 160% a mais da estimativa inicial. Os números foram divulgados nesta terça-feira (8/7) pela Ebserh.
O olhar curioso e sereno da pequena Antonela, de apenas 1 ano e 2 meses de idade, mostra que a criança está muito bem depois de ter passado por uma frenotomia, também conhecido como "corte do freio", procedimento para correção da língua presa. A mãe, Tamires Bicalho, aguardava pela cirurgia da filha e foi chamada para participar do Dia E no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). “Estava aguardando pela cirurgia que graças ao mutirão, saiu muito rápido. Nós fomos muito bem recebidas aqui”, fala agradecida a mãe.
A ação fez parte do programa Ebserh em Ação, em parceria com Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde. E foi realizada nos 45 Hospitais Universitários Federais (HUFs) geridos pela estatal, e permitiu a realização de 10.160 exames, 1.244 mil consultas e 1.060 cirurgias. Mais de 2 mil médicos, professores, residentes, estudantes de graduação e outros trabalhadores da saúde atuaram.
São ofertados procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade, consultas especializadas e exames de imagem, como radiologia convencional, ressonância magnética, tomografia, ultrassonografia, mamografia, endoscopia, colonoscopia e biópsias. As especialidades atendidas foram: oncologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher, conforme as demandas de cada localidade.
No Ceará, o ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que o objetivo do projeto é garantir que esses atendimentos possam ser realizados o mais rápido possível, reduzindo o tempo de espera em todo o país.
Essa ação no programa Agora Tem Especialistas representa uma integração estratégica entre o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde. Estamos mobilizando toda a rede federal. O MEC está à disposição para construirmos juntos esse esforço histórico em defesa da saúde pública brasileira”, afirmou Santana.
A medida permitiu a ampliação do atendimento e a redução do tempo de espera na rede pública de saúde. Além disso, promoveu a aprendizagem dos estudantes da área da saúde, que puderam testar seus conhecimentos supervisionados pelos professores e demais profissionais da Rede Ebserh.
Arthur Chioro, da Ebserh, explica o sucesso do mutirão na Voz do Brasil desta terça
Maior mutirão do SUS
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, explicou que o Dia E está alinhado ao programa Agora tem Especialistas, lançado pelo governo federal. “É isso que mobiliza para que a gente possa ajudar esse esforço do Brasil de garantir – da consulta à cirurgia – as necessidades da população", comentou.
É o maior mutirão do SUS já feito no Brasil inteiro, e o mais diverso. Já teve situação de fazer mutirão de uma cirurgia, um tipo de um procedimento. Nós fizemos em todo o Brasil, de Norte a Sul, com 45 hospitais, 1.060 cirurgias e mais de 10 mil procedimentos de diagnóstico, de consulta. É um movimento que não para", afirmou Chioro.
O presidente da Ebserh ressaltou que a orientação para os Hospitais Universitários Federais é para que ampliem o horário de funcionamento com um terceiro turno, incluindo atendimentos aos sábados e domingos. Desde março, hospitais geridos pela estatal já realizaram 166 mutirões pelo país. Outro esforço concentrado nacional está previsto para setembro.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o mutirão realizado entrou para a história dos atendimentos no Brasil.
“Já tivemos mutirão de um procedimento específico ou de um tipo de exame. Este foi o mais diverso já realizado nacionalmente na história do SUS. O envolvimento dos Hospitais Universitários Federais, coordenados pela Ebserh, é decisivo para garantir a formação de novos especialistas e a ampliação da capacidade de atendimento à população”, acrescentou Padilha.
Brasil em ação
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Durante o Dia E, oito ministros, reitores, parlamentares, prefeitos e secretários municipais e estaduais de saúde participaram das ações nos hospitais universitários. A primeira-dama, Janja da Silva, esteve no Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CH-UFRJ), juntamente de Alexandre Padilha, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e Arthur Chioro.
O ministro Camilo Santana esteve no Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), acompanhado do governador do estado, Elmano de Freitas, e do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão.
Também no Nordeste, Silvio Costa Filho, ministério dos Portos e Aeroportos, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, estiveram no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) e no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HC-UFS), respectivamente.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi ao Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB-UnB) e a dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, esteve no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF).
Já na região Sul, Gleisi Hoffman, ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e Marcia Lopes, da pasta das Mulheres, foram ao Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR).
Com informações da Rede Ebserh
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