Lula fala sobre relações comerciais com os EUA em pronunciamento nesta quinta
Presidente deve defender a soberania brasileira, além do diálogo entre as nações, em rede nacional de rádio e TV por volta das 20h25

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV nesta quinta-feira (17/7), a partir das 20h25. O assunto será a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto. Em seu discurso, Lula deve anunciar as ações do Governo Federal para reverter a decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na manhã desta quinta, Lula destacou em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN, a defesa da soberania nacional, da crença no multilateralismo, do diálogo entre as nações e do histórico bicentenário de diplomacia e cordialidade entre Brasil e Estados Unidos, sem abrir mão da soberania e da independência. Estes princípios devem nortear o discurso desta noite do presidente brasileiro.
Vamos utilizar todas as palavras do dicionário tentando negociar. Se não der na negociação, a gente vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), ou podemos recorrer sozinho, ou juntar um grupo de países e recorrer, ou poderemos utilizar a Lei da Reciprocidade que foi aprovada pelo Congresso Brasileiro", pontuou Lula à CNN.
Reciprocidade
O Governo Federal iniciou nesta semana uma mobilização conjunta com o setor produtivo brasileiro. O Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais (Cincec), tem se reunido com representantes de setores empresariais brasileiros para debater estratégias e ações.
Desde o anúncio do governo norte-americano das primeiras tarifas, Governo Federal e Congresso Nacional vêm atuando conjuntamente para buscar instrumentos legais para defender os interesses da economia brasileira.
Em abril, o Senado aprovou, por unanimidade, e a Câmara, por votação simbólica, o PL 2088/2023 da Lei de Reciprocidade Econômica.
Saiba mais sobre as ações do Governo Federal para superar as tarifas de Trump
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