Esporte

Campanha histórica do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico coroa esforço de atletas e treinadores

Brasil encerra participação em Paris com 47 medalhas, oito a mais que no mundial de Dubai 2019 e com duas a mais que a China, primeira colocada no quadro geral. Todos os medalhistas recebem o Bolsa Atleta

18/07/2023 15:10
Campanha histórica do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico coroa esforço de atletas e treinadores

 

Quarenta e sete medalhas e a melhor campanha da história dos mundiais de atletismo paraolímpico. O Brasil conquistou mais medalhas que a China, primeira colocada no quadro geral da competição, e ficou com a segunda posição apenas por ter duas medalhas de ouro a menos. Foram 16 chinesas contra 14 da delegação brasileira, na competição encerrada nesta segunda-feira (17.07), em Paris.

A ministra do Esporte, Ana Moser, chamou atenção para o tamanho do feito dos atletas e para a evolução que ficou evidente, com o Brasil repetindo a segunda colocação do Mundial de Dubai 2019, nos Emirados Árabes, mas com maior número de medalhas.

“Que orgulho do Brasil no Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris! São oito medalhas a mais do que nossa melhor marca em Dubai 2019. Todos os nossos medalhistas são beneficiários do Bolsa Atleta! Política que produz ídolos, motiva pessoas com deficiência de todas as idades à prática de esportes. Somos presente e temos futuro”, comemorou a ministra, pelo Twitter. Ela está na Austrália para acompanhar a estreia da Seleção Brasileira feminina na Copa do Mundo, no próximo dia 24, e para conhecer de perto a organização do evento a que o Brasil é candidato para sediar em 2027.

Em Paris, o Brasil manteve a quantidade de medalhas de ouro (14) em relação ao mundial anterior, aumentou em quatro o número de medalhas de prata (13) e em quatro também as conquistas de bronze (20). Em oito provas, o Brasil marcou presença com pelo menos dois atletas no pódio: definitivamente uma potência do paratletismo.

“A evolução é gritante, mas não surpreende quem acompanha o trabalho que vem sendo feito no paradesporto nacional, a dedicação dos treinadores, o esforço dos atletas e os resultados das nossas competições, que já vem revelando o nível a que chegamos. Já são 20 anos em destaque internacional, muito graças à formação e preparação dos atletas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro [CPB]”, afirmou o secretário nacional do Paradesporto, Fábio Araújo.

O presidente do CPB, Mizael Conrado, considerou o resultado do Brasil “extraordinário” em todas as categorias e áreas de deficiência – visual, intelectual ou física –, com um terço das medalhas brasileiras conquistadas por atletas estreantes em um mundial.

“As mulheres também tiveram atuações muito fortes. Foi uma campanha que nos orgulha muito e que nos cria uma expectativa ainda maior para os Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem", analisou Mizael, que é bicampeão paralímpico no futebol de cegos em Atenas 2004 e Pequim 2008.

Destaques do último dia

O Brasil esteve presente em seis finais no último dia de competições, que trouxe a emoção da conquista do terceiro título mundial do paraibano Petrúcio Ferreira, nos 100m da classe T47 (amputados de braço). O tempo de 10s37 estabeleceu novo recorde e manteve a hegemonia que já dura sete anos, e inclui o atual bicampeonato paraolímpico na prova (Rio 2016 e Tóquio 2020).

"Cada conquista para mim é como se fosse a primeira. Eu sempre lembro de onde eu vim. Essa conquista vale muito. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa. É tudo por um sonho. Agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado”, comentou Petrúcio. Aos dois anos, ele sofreu um acidente com uma máquina de moer capim, foi submetido à amputação de parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Ele teve a companhia no pódio do estreante em mundiais, o paranaense José Alexandre, que chegou em 2º lugar.

Em outra dobradinha vitoriosa de pódio, a acreana Jerusa Geber conquistou ouro nos 200m T11 (cegas) com 24s63, novo recorde da competição, seguida da potiguar Thalita Simplício, em 3º lugar, com 24s88. A prata ficou com a chinesa Cuiqing Liu (24s79).

"Nossa prova preferida é a dos 100m. Não esperávamos fazer isso tudo nos 200m e conseguir o ouro. Quando a China está na prova, é sempre com muita emoção. Mas sair da competição com dois ouros, com dois recordes e como a atleta com mais medalhas em Mundiais é maravilhoso. Só tenho a agradecer", afirmou Jerusa.

Pelo Twitter, o presidente Lula parabenizou toda delegação brasileira pela campanha.

Confira medalhas e resultados dos atletas brasileiros.

 

Por: Assessoria de Comunicação Social - MEsp

 

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