Centros de simulação garantem qualificação segura a profissionais em atividade e em formação no hospital da Rede Ebserh em Belo Horizonte
HC-UFMG/Ebserh conta com Centro de Simulação Clínica e Centro de Simulação Robótica
Com equipamentos modernos, tecnologia de ponta e profissionais capacitados, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), aposta cada vez mais em atividades de formação e capacitação de profissionais por meio dos seus centros de simulação realística. São espaços que reproduzem na prática os procedimentos de diversas áreas utilizando robôs e simuladores reais de pacientes. O resultado é um conjunto de benefícios não só para quem está em formação, mas também para o usuário do Sistema Único de Saúde, para os cofres públicos e para a medicina de uma forma geral.
O HC-UFMG/Ebserh conta com dois centros de simulação: um para atividades clínicas e outro para cirurgias, no qual procedimentos complexos são simulados com a ajuda de robôs e outros equipamentos. Esse reforço no aprendizado faz parte da estratégia da Ebserh de oferecer condições de treinamento e qualificação seguras e eficazes para profissionais que atuam ou estão em formação no hospital. Hoje, são mais de 2.200 alunos de graduação de 12 cursos da área de saúde, além de 570 médicos residentes e 75 residentes multi e uniprofissionais em formação na instituição.
“Contamos com o apoio da Ebserh na estruturação desses espaços e adequação da sala. Desde 2018, participamos de um grande projeto para buscar recursos do Finep e saímos vencedores junto com outros hospitais. A partir daí, recebemos os simuladores que tinham sido oferecidos nesta linha de pesquisa e, neste ano, passamos a contar com o Robotix, um simulador para treinamento em realidade virtual, com gráficos sofisticados e tecnologia de ponta”, explicou a Gerente de Ensino e Pesquisa (GEP) do HC-UFMG, professora Fabiana Maria Kakehasi.
O chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico do HC-UFMG, Augusto Barbosa Reis, afirma que as atividades de simulação cirúrgica aplicadas na formação de novos profissionais têm evoluído ao longo do tempo. “O modelo mais avançado é o baseado em realidade virtual. O que tínhamos antes são simulações em modelos vivos ou modelos secos, que são os materiais sintéticos, e hoje temos essa nova forma de simulação, baseada na tecnologia de ponta e com grande definição, o que permite, cada vez mais, um treinamento seguro e com resultados práticos”, resumiu.
Aprendizado ajuda a otimizar uso de recursos públicos
O coordenador do Centro de Treinamento e Educação Cirúrgica (Cetec) do HC-UFMG, o urologista da Ebserh Marcelo Esteves Chaves Campos, afirma que as atividades simuladas trazem benefícios tanto para estudantes e residentes quanto para usuários do SUS, já que proporcionam um aprendizado seguro, no qual os alunos praticam habilidades e procedimentos em ambientes controlados, sem riscos para os pacientes, e melhoram a qualidade do atendimento, ajudando no aprimoramento de habilidades técnicas, tomada de decisão e trabalho em equipe, além de ajudar na redução de erros médicos.
“A prática repetida permite a identificação e correção antes de serem aplicados erros em pacientes reais, contribuindo para a redução de eventos adversos e erros médicos”, justificou o urologista, acrescentando que há também efeito na eficiência no uso de recursos públicos, uma vez que a simulação permite que os profissionais de saúde aprendam e pratiquem procedimentos complexos sem a necessidade de usar recursos clínicos reais, como salas de cirurgia ou equipamentos caros. Isso otimiza o uso de recursos e reduz custos”, completou.
Ainda segundo o especialista, as atividades simuladas têm o potencial de melhorar a formação e a prática clínica dos profissionais de saúde, “resultando em um atendimento mais seguro, eficiente e de qualidade para os usuários do SUS”. Além disso, impulsiona a adoção e o desenvolvimento de tecnologias avançadas na área da saúde, como a cirurgia robótica.
Para a Gerente de Ensino e Pesquisa (GEP) do HC-UFMG, Fabiana Kakehasi, esses ambientes são importantes para complementar a aquisição de competências, habilidades e atitudes, aprimorar a aquisição de conhecimento e garantir atendimento certificado para os pacientes, reforçando também o aspecto ético. “O profissional ou aluno que está sendo formado não atua diretamente no paciente. Trata-se de um processo de formação seguro e eficaz”, disse.
Primeiro curso de cirurgia robótica do HC
O primeiro curso de cirurgia robótica do Hospital das Clínicas da UFMG tem previsão de ser realizado ainda este ano. A capacitação será ministrada pelo coordenador do Centro de Treinamento e Educação Cirúrgica (Cetec).
No curso, serão abordados temas que vão desde conceitos básicos até técnicas avançadas de cirurgia robótica, passando por desenvolvimento de habilidades básicas e avançadas em simuladores, planejamento pré-operatório, envolvimento de equipes e técnicos especializados e benefícios e desafios da cirurgia robótica.
“Nos últimos anos, o HC tem investido cada vez mais em atividades de aprendizado simulado com a aquisição de simuladores de alta fidelidade, expansão de programas de treinamento, incorporação de tecnologias avançadas, como realidade virtual e realidade aumentada, integração de simuladores na formação de equipes multidisciplinares e uso de simulação para aprimorar o trabalha em equipe, comunicação e tomada de decisão durante situações de emergência”, explicou o urologista Marcelo Esteves Chaves Campos.
Sobre a Rede Ebserh
O Hospital das Clínicas da UFMG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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