Cresce número de perfis genéticos cadastrados e pessoas desaparecidas identificadas no Banco Nacional

O Comitê Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) divulgou o XVIII Relatório Semestral com os dados referentes ao período entre novembro de 2022 a maio de 2023. Atualmente, a rede é formada por 22 laboratórios de genética forense vinculados a unidades de perícia estaduais, distrital e federal.

Conforme o documento, o Banco Nacional de Perfis Genéticos teve um incremento de 16.220 perfis genéticos, o que equivale a um aumento de 9,2% no último semestre. O total de amostras do BNPG é de 191.723 (147.458 indivíduos cadastrados criminalmente, 28.007 vestígios e 16.258 referentes a pessoas desaparecidas).

Também foi registrado aumento no número de coincidências confirmadas: foram 6.807, o que corresponde a 13,6%. Coincidências confirmadas são aquelas em que os perfis genéticos armazenados nos bancos de dados são confrontados em busca de relações que permitam associar suspeitos a locais de crime ou diferentes locais de crime entre si. Com esse aumento, a taxa de coincidência chega a 24,30%, o que significa que, para cada vestígio de crime analisado, há 24,30% de probabilidade de ser encontrada alguma coincidência nos bancos de dados genéticos.

Outro dado que superou o relatório anterior foi o de investigações auxiliadas, que chegaram a 5.055, crescendo 12%. Em maio, o Banco Nacional de Perfis Genéticos alcançou o número de 325 identificações de pessoas que estavam desaparecidas, quantidade que aumentou 15% desde o último balanço.

O Banco Nacional de Perfis Genéticos também concentra dados de indivíduos condenados nos presídios brasileiros. No último período avaliado, vários laboratórios mantiveram essas coletas, o que resultou no crescimento de 8,2% no número desses perfis genéticos. Além disso, foram realizados trabalhos em outras frentes, como o processamento de vestígios de crimes sexuais e a análise de restos mortais não identificados.

Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos

Instituída pelo Decreto nº 7.950/2013-MJ, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos surgiu para manter, compartilhar e comparar perfis genéticos, com o objetivo de auxiliar tanto a apuração criminal e a instrução processual, quanto a identificação de pessoas desaparecidas. Com a coleta de amostras de perfis genéticos e vestígios de crimes sexuais, a RIBPG também atua como ferramenta para identificação de crimes em série, possíveis autores de delitos e instrumento de revisão de condenações injustas.

"Os números deste relatório demonstram a consolidação da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos como uma ferramenta eficiente no auxílio tanto às investigações criminais quanto na busca de pessoas desaparecidas no Brasil. Trata-se de uma tecnologia moderna que está à disposição da justiça e da segurança pública nacional", avalia o coordenador do Comitê Gestor da RIBPG, Ronaldo Carneiro Junior.

Por: Assessoria de comunicação do Ministério da Justiça e Segurança Pública