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Lula buscará posição unificada dos países com grandes florestas tropicais na Cúpula da Amazônia

Evento em Belém terá participação dos oito países amazônicos, dos dois Congos e da Indonésia. Ideia é consolidar um consenso para a COP-28, nos Emirados Árabes

25/07/2023 17:55
Lula buscará posição unificada dos países com grandes florestas tropicais na Cúpula da Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da Cúpula da Amazônia para a elaboração de uma política de preservação das florestas tropicais durante o programa “Conversa com o Presidente”, na manhã desta terça-feira, 25/7. O evento será nos próximos dias 8 e 9 de agosto, na cidade de Belém (Pará).

No encontro, estarão presentes representantes dos oito países sul-americanos que compartilham a floresta amazônica – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela -, além do Congo, da República Democrática do Congo e da Indonésia, países que contam com grandes reservas de florestas tropicais.

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“Eu agora, dias 8 e 9, tenho o grande encontro dos países amazônicos em Belém. Esse encontro é importante porque vai balizar a discussão que será levada à COP-28, no final do ano, nos Emirados Árabes”, explicou o presidente. “O que queremos é dizer ao mundo o que vamos fazer com as nossas florestas e o que o mundo tem que fazer para nos ajudar, porque prometeram 100 bilhões de dólares em 2009 e até hoje não saiu”.

Além de poder negociar em conjunto com os demais participantes da cúpula sobre o clima, no fim do ano, Lula também ressaltou que a cúpula em Belém será a primeira realizada em cerca de 45 anos, desde a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, em julho de 1978. “É a primeira reunião que eu vou fazer com os países da Amazônia para tomar uma decisão única, para tentar discutir seriamente”, declarou.

O presidente também citou a visita do administrador da NASA, Bill Nelson, que ofereceu ao Brasil uma parceria para monitorar a Amazônia com três novos satélites. “Eu falei que qualquer ajuda é bem vinda aqui. O que queremos é evitar que haja queimadas na Amazônia e desmatamento”, afirmou.

AGENDA CHEIA – No bate-papo com o jornalista Marcos Uchôa, da EBC, Lula falou também sobre os diversos compromissos internacionais agendados nos próximos meses. Em agosto, após a Cúpula da Amazônia, ele irá ao Paraguai para a posse do presidente Sebastián Peña, depois para as Cúpulas dos BRICS, na África do Sul e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em São Tomé e Príncipe.

Na sequência, em setembro, estão previstos mais dois eventos de grande porte: a Cúpula do G20, na Índia – quando o Brasil receberá a presidência temporária do bloco para 2024 –, e em novembro a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Além do discurso de abertura, Lula contou que recebeu um convite do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para lançar uma iniciativa em torno da geração de empregos após a reunião da assembleia.

 

 

CIRURGIA - Outubro, no entanto, deverá ser um mês de parada para o presidente. Ele revelou na entrevista que pretende fazer uma cirurgia na cabeça do fêmur para corrigir um problema que tem causado muitas dores no quadril. “O que me sobra de tempo é outubro. Eu tenho que tentar calcular bem para que no meio de outubro, se for isso que eu for fazer, fazer a cirurgia. É uma cirurgia razoavelmente rápida, duas horas e meia parece que você está pronto. O médico me disse sexta-feira que dependendo do meu estado físico, três horas depois eu posso estar dando passinhos com andador. E depois vai depender da minha disciplina de recuperação”, detalhou.

 

Por: Planalto

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