Esporte

Ministra Ana Moser fala sobre candidatura do Brasil à Copa do Mundo 2027 e construção de “legado antecipado”

Chefe da pasta representou o Governo Federal na abertura da Copa e assistiu ao primeiro jogo do Brasil. De volta ao país, a ministra destacou os passos para trazer o evento

27/07/2023 19:59
Ministra Ana Moser fala sobre candidatura do Brasil à Copa do Mundo 2027 e construção de “legado antecipado”

 

Durante entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (27.07), em São Paulo, a ministra do Esporte, Ana Moser, falou sobre as agendas realizadas na Austrália e Nova Zelândia, sedes da Copa do Mundo 2023 de futebol feminino e também sobre a campanha do Brasil para sediar o próximo Mundial da modalidade em 2027.

Um dos pontos de destaque observados pela ministra nos países da Oceania foi o planejamento para um legado tanto de estrutura esportiva, quanto de comportamento da sociedade relacionados ao esporte para as mulheres.

“Estivemos na Austrália e Nova Zelândia para entender o processo vivido pelos países de preparação para a Copa do Mundo Feminina. Questões que estamos visualizando, como investimentos em construção para além do torneio, que fiquem como legado para o esporte feminino”, disse Ana Moser.

A titular do MEsp representou o Governo Federal na abertura da competição e no primeiro jogo da seleção brasileira. “Eles têm a mesma ideia de enxergar a competição, como nós estamos trabalhando, para o desenvolvimento do futebol feminino como um legado da Copa do Mundo”, prosseguiu a ministra.

Durante o período fora do país, Ana Moser se reuniu com autoridades da Fifa e da Conmebol para tratar do apoio à candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 2027, e frisou que as primeiras impressões foram positivas. O Caderno de Intenções oficializando a candidatura brasileira deve ser entregue até maio de 2024.

O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, havia manifestado apoio à candidatura do país, ressaltando a importância de sediar o torneio para o desenvolvimento do futebol feminino na região. “Estamos no começo do processo. A conversa com o presidente da Fifa foi protocolar, mas com a Conmebol recebemos o apoio, como representante da América do Sul, para trazer o Mundial”, afirmou a titular do MEsp.

Além do Brasil, estão na disputa para sediar o Mundial, a África do Sul e duas propostas com mais de um país. A primeira reúne Bélgica, Países Baixos e Alemanha, enquanto a outra México e Estados Unidos.

“Tivemos uma oportunidade boa de conversar com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e nossa intenção ficou mais forte e positiva, ainda mais sabendo que a visão do legado, um legado prévio, planejado, sempre voltado para o desenvolvimento da modalidade no país ou em torno do esporte de uma maneira geral, e do esporte feminino promovendo a inserção da mulher em posições de liderança na sociedade, é algo pelo qual a Austrália se preparou muito, assim como deseja o Brasil”, afirmou a ministra.

Estratégia

A Estratégia Nacional para o Futebol Feminino está sendo desenvolvida pelo Ministério do Esporte com o objetivo de gerar apoio de longo prazo e promover, fomentar e incentivar a inserção e a manutenção de meninas e mulheres na modalidade.

“É uma ação intencional do governo ter essa discussão do futebol feminino, e que se desenvolve de várias maneiras, temos fatores limitantes, temos que ampliar o calendário, a condição de oferta de espaços para as atletas se profissionalizarem, e ter um número maior de atletas”, enumerou Ana Moser.

Dentro da Estratégia, o MEsp apresentará um diagnóstico, um plano de ação e um calendário de competições. Além disso, serão definidos critérios para aumentar a permanência das atletas nos clubes, incluindo período mínimo de contrato e número máximo de atletas amadoras por competição.

“Nós temos a questão da iniciação, da formação, da integração de projetos de futebol feminino a outras ações do município, com outros parceiros que trabalham no esporte, desenvolver a escola de jogo e a metodologia de jogo e de formação brasileira, uma série de ações que nós chamamos de Estratégia de Desenvolvimento do Futebol Feminino e que, dentro do contexto da candidatura para a Copa de 2027, seria o grande legado desse evento”, concluiu a ministra.

Economia

O setor de turismo é um dos que mais movimentam a economia quando algum país sedia os megaeventos esportivos. Em 2014, quando foi palco da Copa do Mundo de futebol masculino, o Brasil recebeu 6,4 milhões de visitantes estrangeiros, 10,6% a mais em relação ao ano anterior.

Os países da Oceania já tiveram resultados expressivos com o Mundial feminino, com 1,5 milhão de ingressos vendidos, o que significa quase lotação máxima de todos os estádios. Na competição, há a disponibilidade de ingressos sociais, mais acessíveis, para fomentar a frequência nos estádios.

Foram vendidas mais camisetas no primeiro dia da Copa do Mundo Feminina do que no último dia da Copa do Mundo Masculina do Qatar em 2022. No Brasil, a transmissão tanto em TV aberta quanto no streaming teve recorde de audiência.

A ministra se encontrou com várias autoridades da Nova Zelândia, como o presidente da federação de futebol, o ministro de Esporte e da Fazenda e ministra da Educação, e representantes da Austrália, como o ministro do Esporte e duas secretárias estaduais de duas regiões - New South Wales e Austrália do Sul.

 

Por: Ministério do Esporte

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