No G20, Alexandre Silveira destaca papel do Brasil na transição energética e ações efetivas implementadas

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, discursou neste sábado (22/07) em Goa, na Índia, na Reunião Ministerial de Transições Energéticas (ETMM) do G20. Como Chefe da Delegação do Brasil, o ministro apresentou a posição do país sobre a transição energética.

Alexandre Silveira iniciou o pronunciamento reconhecendo a dimensão do desafio dos temas segurança de suprimento e transição energética que, juntamente com segurança alimentar, são os grandes debates do mundo atual e também agradeceu a Índia.

“Apresento em nome do Governo Brasileiro, nossa gratidão à Índia, que hoje nos acolhe aqui em Goa e celebramos a decisão da presidência indiana em incluir a bioenergia como uma das áreas prioritárias para o G20. Estamos mobilizados para continuarmos seguindo nesta agenda, agora com a motivação trazida pela Aliança Global pelos Biocombustíveis (Global Biofuels Alliance)”, destacou.

Para o ministro, a transição energética é o remédio mais eficaz para combater as mudanças climáticas. “Não podemos abrir mão de encontrar as soluções econômicas, tecnológicas, sociais e ambientais possíveis para que a transição energética ocorra, considerando as diferentes realidades de cada país e os compromissos diplomáticos que nossos países assumiram em momentos anteriores”.

Silveira reafirmou a posição firme do Brasil no processo. “Aproveito para reforçar a mensagem do Presidente Lula: não podemos perder o embalo de implementar ações concretas para o combate às mudanças climáticas e a promoção da transição energética, buscando dela extrair também sentido social e alcançando a construção de nações prósperas”, afirmou Silveira.

Ainda em seu discurso, o ministro Alexandre Silveira falou sobre o Brasil ter umas das matrizes elétricas e energéticas mais limpas do mundo, da ampliação da capacidade do sistema para receber geração de energias hidráulica, solar e eólica, do Programa Nacional do Hidrogênio, da descarbonização da Amazônia e do Programa Combustível do Futuro, tudo dentro de uma grande política de governo.

“Esses e outros novos esforços estão descritos na Política Nacional de Transição Energética, que lançaremos no próximo mês de agosto e terá potencial de gerar investimentos da ordem de R$ 2 trilhões nos próximos 10 anos no Brasil. Tudo isso está sendo construído em plena integração com o setor privado, em ampla harmonia com os demais setores governamentais e em contínuo e franco diálogo com a sociedade brasileira”, ressaltou o ministro.

G20 no Brasil

O Brasil sediará a cúpula dos chefes de Estado dos países do G20 em novembro de 2024 e também vai receber a 15ª Reunião ministerial da CEM e a 9ª Reunião Ministerial da MI, que acontecem em setembro de 2024, em Foz do Iguaçu.

Para o ministro, será uma oportunidade para o Brasil de alcançar ainda mais avanços para a transição energética. “Estamos cientes da responsabilidade que assumiremos durante a nossa presidência do G20 e estamos comprometidos em alcançar avanços concretos e efetivos durante as discussões que serão mantidas por todos nós no âmbito do Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20 (Energy Transitions Working Group - ETWG). É com entusiasmo seguiremos esse debate com o objetivo de discutir as ações que todos queremos implementar em prol da transição energética nos próximos anos”.

Ele finalizou seu discurso mostrando que o Brasil voltou a ser protagonista no cenário mundial. “O Brasil voltou, temos novamente um presidente vocacionado ao diálogo, com sensibilidade política, humana e social, um governo com foco na redução das desigualdades, da miséria e da fome, ainda infelizmente uma realidade entre todos nós. Contem com o Brasil nessa jornada. Vamos juntos fazer da transição energética a nova agenda de desenvolvimento global, com sustentabilidade, prosperidade, inclusão social, contribuindo assim com a paz dos nossos povos”, finalizou.

Por: Ministério de Minas e Energia