Economia

Novo CCT Aéreo: Desburocratização e economia para o comércio exterior brasileiro

O novo sistema diminui o tempo de liberação das cargas nos aeroportos e torna o Brasil mais competitivo

31/07/2023 17:00
Novo CCT Aéreo: Desburocratização e economia para o comércio exterior brasileiro
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

 

O Brasil está à frente do que há de melhor em termos logísticos para o fluxo do comércio exterior com a implementação do novo Sistema de Controle de Carga e Trânsito para o modal aéreo, o CCT Importação Aérea. Por meio da tecnologia, será possível reduzir custos e agilizar o tempo de liberação das cargas importadas pelo Brasil nos aeroportos.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (31/07), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista coletiva. “É uma grande notícia para os importadores, para os exportadores brasileiros, é uma grande notícia para o mercado brasileiro, e isso, certamente, vai ser reconhecido ao longo dos anos como uma peça desse grande quebra-cabeça de tornar nossa economia mais eficiente e atrair a atenção dos investidores nacionais e internacionais”, comemorou o ministro.

Desde 9 de julho, o modelo já está implantado no Aeroporto de Vitória (ES), com voos controlados totalmente por esse sistema. O resultado é que as cargas foram liberadas para registro das importações em até duas horas após a chegada da aeronave, sem necessidade de intervenção da Receita Federal.

A partir da próxima quarta-feira (02/08), o CCT (Controle de Carga e Trânsito) será utilizado em todos os aeroportos internacionais do Brasil. Segundo a Receita Federal, a economia de recursos para que o Brasil receba importações aéreas pode chegar a R$10 bilhões por ano. “Aqui, quem vai ganhar é toda a sociedade brasileira. Desses 10 bilhões de reais de economia, acabam se refletindo no preço da mercadoria, na qualidade da mercadoria e no prazo de entrega da mercadoria. Isso beneficia o consumidor final”, afirmou o ministro.

A estimativa é de reduzir em 90% a intervenção da Receita Federal no fluxo das cargas para diminuir o tempo médio de liberação em 80%. Assim, o Brasil se tornará mais competitivo em suas relações comerciais. O setor projeta que o fluxo de cargas aéreas dobre em até dois anos, além de gerar uma economia de R$10 bilhões para o setor. E, com a melhora do fluxo internacional aéreo, o país pode se tornar um ponto de distribuição de cargas.

“Esse modal vai ser muito usado nos próximos anos, porque vai liberar espaço nos aeroportos, vai melhorar a fluidez das mercadorias, o que vai, sem dúvidas, afetar outros modais, inclusive, favoravelmente. Então, é um sistema de comércio exterior que vai ganhar muito com isso, começando pelo modal aéreo, mas vai impactar todo o comércio exterior brasileiro”, explicou Haddad.

Na coletiva, o Secretário Especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse ter uma satisfação especial com o lançamento do novo sistema de cargas pelo seu potencial de tornar o Brasil um grande “hub” do comércio internacional, conectando a América do Sul com outros continentes.

Já a Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, reforçou a importância do modal aéreo para as importações e para a indústria brasileira. “São produtos de maior valor agregado, são produtos estratégicos para a sociedade”.

O novo modelo substitui o Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento (Mantra), em operação há 30 anos.

 

Por: Agência Gov


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