A dois meses do processo de escolha para os Conselhos Tutelares, MDHC mantém mobilização para garantir participação da sociedade
Votação ocorre no dia 1º de outubro deste ano, quando mais de 30 mil conselheiros serão escolhidos pela sociedade; GT no âmbito do ministério irá discutir como atrair adolescentes para o processo eleitoral
Faltando exatos dois meses para o processo de escolha dos novos conselheiros tutelares em todo o país, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) continua empenhado em garantir a participação popular e conscientizar a sociedade sobre a importância deste momento para todos os cidadãos, especialmente as crianças, adolescentes e famílias brasileiras.
Exemplo disso são as reuniões do Grupo de Trabalho (GT) criado no âmbito do MDHC. Após três encontros, o foco do GT está no diagnóstico das etapas do processo de escolha, nas articulações institucionais com órgãos e instâncias de participação social e nas estratégias de melhorias em relação aos processos anteriores. Outro ponto de atenção identificado pelo grupo é a participação popular no dia da votação, como aponta o coordenador-geral de Fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos do MDHC, Diego Alves.
“Nós estamos trabalhando para melhorar a participação social. Percebemos que na última eleição, realizada em 2019, houve pouca participação da população. Pelo número de votos, vemos que pouca gente participa, conhece e ajuda a escolher o conselheiro tutelar, então nós estamos priorizando a necessidade de divulgação do processo para que as pessoas participem e votem”, explicou Diego Alves.
O coordenador disse ainda que como solução para que o processo seja ainda mais amplo e participativo, os membros do GT vão estudar propostas para aumentar a votação dos adolescentes. “Nas pautas das próximas reuniões está, por exemplo, como estimular a participação dos adolescentes que acima dos 16 anos já podem votar e vão escolher quem é o defensor deles mesmos e dos seus direitos”, disse Alves.
A segurança no processo eleitoral é outro campo de atuação do MDHC. Nesse sentido, a mobilização junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que editou neste ano uma resolução para disponibilizar urnas eletrônicas de forma mais uniformizada para os locais de votação, irá garantir confiança, transparência e agilidade para o processo deste ano.
A eleição unificada ocorre no dia 1º de outubro. O Grupo de Trabalho é composto por 10 integrantes fixos, sendo cinco do MDHC e cinco da sociedade civil, indicados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA); pelo Conselho de Participação dos Adolescentes do CONANDA; pelo Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares; e pelo Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Guia orientador
Em abril, o MDHC lançou o Guia de Orientação do Processo de Escolha de Conselheiros Tutelares 2023. O material apresenta as etapas para a escolha de conselheiros e norteia, de maneira prática, agentes públicos em âmbito municipal. A publicação mapeia, por exemplo, as etapas do processo eleitoral, apresenta uma interpretação das legislações municipais e as atribuições dos Conselhos Tutelares, além de demais recomendações.
Por: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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