Economia

BC entregou 26 prêmios a educadores, escolas e redes de ensino de todo o Brasil

Programa de educação financeira está em 22% das escolas públicas de ensino fundamental do país

28/08/2023 11:37
BC entregou 26 prêmios a educadores, escolas e redes de ensino de todo o Brasil
Foto: Divulgação/BC
 
O auditório da sede do Banco Central em Brasília recebeu nesta quarta-feira (23/08) educadores de todo o país para a cerimônia de premiação do Aprender Valor. O prêmio reconhece o empenho dos profissionais que mais se destacaram na atuação no programa do BC de educação financeira nas escolas brasileiras.
 
“Hoje é dia de celebração”, disse o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC, Maurício Moura. A fala destacou os resultados do programa, desde o seu projeto piloto, em 2020. Hoje o Aprender Valor está presente em mais de 22 mil escolas, que atendem 5,6 milhões de estudantes em mais de 3 mil municípios.
 
"Mas isso não nos basta, porque nós queremos sempre mais. Queremos ampliar as adesões e engajamento do programa, principalmente nas regiões norte e nordeste, produzir recursos didáticos adaptados para públicos vulneráveis e estreitar nossos laços com os parceiros e com o Ministério da Educação", disse Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central.
A coordenadora-geral substituta de Estratégia da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Daiane Andrade, reforçou o interesse da instituição em fortalecer o programa. “Tratar de educação financeira é algo que impacta as pessoas a vida inteira. A escola é a oportunidade de discutir isso desde a primeira infância”.
 
Ao todo, 26 premiações foram distribuídas a professores, coordenadores e instituições. Os profissionais de destaque receberam prêmios individuais em dinheiro de R$ 4 mil. As escolas e secretariais municipais ganharam recursos de R$ 10 a 25 mil, para investir em melhorias na unidade ou no sistema de ensino. Os prêmios foram patrocinados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
 
Os educadores presentes no auditório dão aula de educação financeira em comunidades quilombolas, escolas indígenas, na zona rural e em grandes metrópoles. Não faltaram histórias de transformação que o programa realiza na vida dos alunos, de suas famílias e também dos próprios professores.
 
“Hoje sou investidor”
Luiz Anderson era professor de informática na escola municipal de Marituba, na região metropolitana de Belém (PA), quando recebeu o convite para se tornar coordenador e assumiu a condução do programa. Seu depoimento traduz o poder da educação financeira na vida das pessoas.
 
“Foi através da formação na plataforma do Aprender Valor que tive uma visão diferente de como lidar com o dinheiro. Apliquei esses conhecimentos na minha vida e hoje sou investidor. Digo aos meus alunos que eles também podem ser”.
 
Dar uma nova perspectiva de futuro aos alunos e permiti-los sonhar mais alto é uma das maiores preocupações dos profissionais. O programa faz isso de forma lúdica, com tarefas práticas e prazerosas, transversais ao currículo escolar. Mercadinho em sala de aula, construção de metas, formação de poupança, simulação de crédito, tudo é abordado de forma leve e divertida.
 
O maior desafio é ensinar a meninos e meninas a se inserir no mercado de consumo de forma consciente. Muitos deles nem sabem o que é um cartão de crédito, não recebem mesada e têm pais assalariados e endividados. Mesmo assim, são inúmeros os relatos de como aquele conhecimento faz diferença não só na vida dos alunos como dentro de suas casas.
 
O valor das coisas
O verdadeiro sentido do que é valor ganhou outra dimensão na fala de Lucélia Leal Cabral, diretora da escola estadual indígena em Itacuruba (PE) e cacique do povoado pankará. “Poupar dinheiro é poupar o meio ambiente, cuidar do que é sagrado, da nossa vida. Ensinamos às crianças, aos nossos curumins, a dar valor a tudo o que possuem, tudo o que a natureza nos dá.”
 
A dedicação desses profissionais, que enfrentam quilômetros de estradas de terra, sobem e descem a serra todos os dias para chegar às escolas mais remotas, servem de inspiração para os alunos. Eles ensinam às crianças  que sonhos podem ser realizados, mas é preciso planejamento.
 
Por: Banco Central (BC)

 

Link: https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/710/noticia
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