Assédio institucional é tema de debate no âmbito do programa de integridade da Gestão
Durante o evento, realizado nesta quarta-feira (23/08), foi anunciado o lançamento da página do Programa Pró-Integridade no site do MGI
O incentivo à criação de ambientes de trabalho mais saudáveis, respeitosos e inclusivos , livres do assédio institucional, norteou as discussões do 2º evento promovido no âmbito do Pró-Integridade , programa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), voltado a servidores federais, profissionais de recursos humanos , gestores e a sociedade em geral. O evento foi realizado na tarde desta quarta-feira (24/08), em Brasília.
O Ministério da Gestão é o primeiro da Esplanada a abordar a questão do assédio institucional , te r m o ainda pouco conhecido, em um evento destinado , principalmente, ao público interno, o que demonstra o compromisso da pasta com o estudo em torno d a temática . Para isso, o MGI reuniu profissionais, estudiosos do a ssunto , para aprofundar a reflexão sobre o problema.
Presente n a abertura do encontro , a secretária - executiva do MGI, Cristina Mori, destacou que identificar o assédio institucional é mais difícil que reconhecer o assédio moral. “ A dimensão do assédio institucional está muito ligada às pessoas que estão em posição de poder e isso interfere em toda a cultura da instituição afetada . Cada vez mais , precisamos ter mais elementos e ferramentas para criarmos estratégias que nos ajudem a lidar com esse tipo de assédio ”, reforçou Mori.
Criador do conceito “assédio institucional”, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso, e sclareceu que e sse tipo de assédio pode até ser usado como método de governo . De acordo com o secretário , “ como n ão se trata de um assédio realizado apenas por razões interpessoais, ele se alastra pela a dministração p ública para atingir objetivos determinados , como a desconstru ção de órgãos e de políticas públicas que não se perfila m aos objetivos ideológicos d e um determinado gov erno ”, explicou Cardoso .
A p rofessora e pesquisadora da FGV, Gabriela Lotta , apresentou o resultado de uma pesquisa acadêmica , realizada com centenas de servi dores públicos de áreas como saúde, meio ambiente e educação , em torno da problem á t i ca do assédio institucional disseminado nos últimos quatro anos . De acordo com ela, espaços de defesa coletiva, como os sindicatos, ajudam a f ortalecer o estado democrático de direito. “ Temos de defender esse processo de ação coletiva da burocracia, porque para termos uma democracia forte é fundamental o r espeit o a os ritos da burocracia ”, alertou Lotta .
O debate foi mediado pela ouvidora do MGI, Ana Carolina Quintanilha. A ouvidora-geral da União, Ariana Frances , t ambém compôs a mesa de d iálogos e na oportunidade frisou que debates como os do Pró-Integridade “ por mais que tratem de temas difíceis , devem ser promovidos , cada vez mais , para que os servidores públicos se apropriem dos conceitos relativos ao tema e saibam identificar uma situação de abuso ” .
Para assistir ao evento do 2º Pró-Integridade, acesse o canal oficial do MGI no Youtube .
Página no portal do MGI
Durante a realização do 2º Pró-Integridade, foi lançada a página eletrônica do programa, que pode ser acessada no site do MGI no seguinte link.
A página irá concentrar todo o conteúdo já divulgado pelo programa , além das instância s pró-integridade .
Pró-Integridade
Instituído pela Portaria MGI nº 1.878 e lançado em maio pela ministra Esther Dweck , o Pró-Integridade busca fortalecer a cultura de integridade, ética e respeito à diversidade no âmbito do MGI, com a implementação de um conjunto de práticas e mecanismos institucionais para prevenir, detectar e corrigir posturas ofensivas à diversidade, desvios éticos, irregularidades, fraude e corrupção.
Com o Pró-Integridade, o Ministério da Gestão pretende ainda promover o compartilhamento de boas práticas com órgãos, entidades, fundações, autarquias e demais partes interessadas para o aprimoramento da gestão do risco à integridade nas organizações públicas.
Por: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
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