Brasil e Paraguai vão retomar Comissão de Comércio Bilateral
Decisão foi tomada durante reunião no MDIC entre o secretário executivo Márcio Elias Rosa e o ministro da Indústria e Comércio paraguaio
Brasil e Paraguai se comprometeram, nesta quarta-feira (30/08), a retomar a Comissão de Comércio Bilateral entre os dois países, que está desativada desde 2016. A decisão foi tomada em reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tendo como principais autoridades o secretário executivo da pasta, Márcio Elias Rosa, e o ministro da Indústria e Comércio paraguaio, Javier Gimenez.
No ano passado, as transações comerciais entre os dois países somaram US$ 7 bilhões – com destaque para exportação de máquinas agrícolas, carros e fertilizantes, no caso do Brasil; e de arroz, equipamentos para distribuição de energia elétrica e carne bovina, no caso do Paraguai.
“Foi uma reunião excelente”, resumiu Elias Rosa. “Além de nos comprometemos a retomar essa comissão de diálogo permanente, que não se reúne desde maio de 2016, nós também aproveitamos para definir uma pauta de prioridades”.
O acordo de complementação econômica entre Brasil e Paraguai, relativo ao setor automotivo, foi um dos temas abordados durante o encontro por iniciativa de Elias Rosa, que também trouxe para a mesa a questão do posicionamento dos dois países diante dos termos do acordo Mercosul-União Europeia, ainda em discussão.
Já o ministro paraguaio pediu especial atenção do governo brasileiro às questões envolvendo a Hidrovia do Paraguai, que corta metade da América do Sul, indo de Cáceres, no Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. Trata-se de importante rota de escoamento de minérios e produtos agrícolas, e que necessita de investimentos conjuntos em obras de dragagem.
Os paraguaios também demonstraram interesse em conhecer o funcionamento do sistema S brasileiro, a fim de construírem alternativa semelhante em seu país.
Pelo MDIC, participaram da reunião, além de Elias Rosa, os secretários Uallace Moreira (SDIC), Tatiana Prazeres (Secex) e Marcela Carvalho (Camex).
Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte