Brasil pode se tornar referência global em desenvolvimento sustentável
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o País tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e todas as condições para atrair investidores com responsabilidade ambiental
Durante participação no Bom Dia, Ministro desta quarta-feira (02/08), o titular da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil é um dos países mais preparados do mundo para trilhar os caminhos do desenvolvimento sustentável, aliando crescimento econômico, distribuição de renda e preservação do meio ambiente. Em parte, segundo ele, isso se deve à matriz energética brasileira, que conta com energia eólica, solar e biocombustíveis.
O ministro citou também as perspectivas de investimentos em hidrogênio verde e diesel verde, o que considera extremamente importantes para o País. "O Brasil pode se tornar uma potência energética limpa, o que pode atrair muitos investidores que queiram produzir produtos de baixa emissão de carbono no seu ciclo de produção", disse.
O Governo Federal, por meio do Ministério da Fazenda, está construindo um plano de desenvolvimento ecológico com grande potencial para atrair investidores. Isso porque o Brasil é um dos poucos países do mundo que oferece condições para uma "produção verde". "Isso, no mundo hoje, é muita coisa", garante Haddad.
Com objetivo de atrair investidores e direcionar a produção de bens de consumo para obter os melhores resultados para a população e para o meio ambiente, Fernando Haddad explicou que o Ministério da Fazenda está tomando uma série de providências para atualizar o Marco Legal em relação à transição ecológica.
"Na reforma tributária, criamos um elemento diferente do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que está sendo substituído para desonerar os bens que são benéficos para a saúde e o meio ambiente e, em contrapartida, onerar os que fazem mal para essas frentes", ponderou.
Regulamentação dos créditos de carbono
O ministro Fernando Haddad considera que um dos maiores problemas do País nos últimos anos foi os altos índices de emissão de carbono, provocados pelo desmatamento da Amazônia. O Brasil ainda não tem uma lei de crédito de carbono, ao contrário de muitos países, como China, Canadá e México.
Por isso, a Fazenda já elaborou uma proposta, encaminhada à Casa Civil, e o Governo estuda enviar um Projeto de Lei ao Congresso Nacional ainda no mês de agosto. "O Congresso vai ter, do Executivo, uma proposta de como disciplinar o crédito de carbono, que é um mercado global, e que o Brasil precisa participar", disse Haddad.
Os créditos de carbono foram criados em 1997, com o Protocolo de Kyoto, que definiu metas globais de emissão de gases de efeito estufa pelos países desenvolvidos, como tentativa de combater as mudanças climáticas. Comercializados desde 2005, são cotas de emissão de gases do efeito estufa, que podem ser comprados e vendidos por empresas, pessoas físicas e governos.
Por: Agência Gov
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