Social e Políticas Públicas

Cidades Sustentáveis e Água Para Todos são eixos prioritários do Ministério das Cidades no Novo PAC

Com mais de R$ 600 bilhões em investimentos, ministério terá participação importante no novo programa de aceleração do crescimento

16/08/2023 17:20
Cidades Sustentáveis e Água Para Todos são eixos prioritários do Ministério das Cidades no Novo PAC
Foto: Divulgação

 

O Ministério das Cidades vai atuar em dois eixos prioritário no âmbito do Novo PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento lançado em agosto deste ano pelo Governo Federal. Com recursos previstos de cerca de R$ 622 bilhões, a pasta será responsável por todas as ações do eixo de Cidades Sustentáveis e Resilientes e por parte das ações no eixo Água Para Todos, incluindo o Minha Casa Minha Vida, obras de mobilidade urbana, urbanização de favelas, entre outros.

Para que as cidades se adaptem às mudanças climáticas e ofereçam melhor qualidade de vida para a população, o eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes vai construir novas moradias do Minha Casa Minha Vida e financiar a aquisição de imóveis. O Novo PAC investirá também na modernização da mobilidade urbana de forma sustentável, em urbanização de favelas, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e contenção de encostas e combate a enchentes. O investimento total nesse eixo será de R$ 610 bilhões divididos nas seguintes ações:

  • Minha Casa, Minha Vida – R$ 345,4 bi
  • Financiamento Habitacional (SBPE)– R$ 160 bi
  • Urbanização de Favelas – R$ 12 bi
  • Mobilidade Urbana – R$ 48,8 bi
  • Esgotamento sanitário – R$ 26,8 bi
  • Gestão de Resíduos Sólidos – R$ 1,8 bi
  • Prevenção a Desastres: Contenção de Encostas e Drenagem Urbana Sustentável – R$ 14,9 bi

Já o eixo Água Para Todos garantirá água de qualidade e em quantidade para a população, chegando até as áreas mais remotas do país. Os investimentos em recursos hídricos fortalecem as comunidades frente aos desafios hídricos e climáticos. O Novo PAC investe na revitalização das bacias hidrográficas em ações integradas de preservação, conservação e recuperação. Neste eixo, o investimento total para as ações do MCTI será de R$ 12,4 bilhões, divido assim:

  • Abastecimento de Água – R$ 11,7 bi
  • Água Para Quem Mais Precisa – R$ 0,7 bi

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento será composto pela retomada de obras paralisadas, aceleração das obras em andamento e novas obras, priorizadas pelos governos estaduais, municipais e federal. Entre as obras de destaque do Ministério das Cidades estão as obras abaixo, separadas por regiões (valores em milhões de reais).

Região Centro Oeste:

  • Expansão e modernização metrô DF – Valor R$ 629,99
  • Sistema de transporte de passageiros eixo oeste – valor R$ 517,48 –implantação de corredor exclusivo de ônibus no eixo oeste do DF

Região Nordeste:

  • Sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, linha 1, trama 3 – valor R$ 800
  • BRT Lapa-Iguatemi em Salvador –valor R$ 430,37 implantação do primeiro sistema de BRT com integração ao sistema metroviário

Região Norte:

  • Ampliação do esgotamento sanitário em Ji-Paraná, Rondônia – valor R$ 179,36
  • Ampliação esgotamento sanitário em Araguaína, Tocantins – valor R$ 257,38

Região Sudeste:

  • BRT Transbrasil – corredor exclusivo de ônibus entre o centro do Rio de Janeiro e Deodora com cerca de 32 km de extensão incluindo 4 terminais e 28 estações atendendo cerca de 900 mil pessoas/dia – valor R$ 1.097
  • Extensão da linha 9 CPTM, em um percurso de 4,4 km para permitir maior e melhor acessibilidade e mobilidade para a população do município de São Paulo a todos os centros de serviço da metrópole – valor R$ 364,82

Região Sul:

  • Obras de drenagem para prevenir desastres, Curitiba, valor R$ 353,99
  • Ampliação do sistema de macrodrenagem da bacia do Arroio da Areia, com implantação de reservatório de detenção – valor R$ 107,26

A distribuição das obras do Ministério das Cidades e demais obras por Unidade da Federação pode ser conferida no portal do Novo PAC, por meio do link:

https://www.gov.br/casacivil/novopac

O Novo PAC

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil. O programa funcionará com financiamento de BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e orçamento da União. Os investimentos previstos no Novo PAC com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões; o das empresas estatais, R$ 343 bilhões; financiamentos, R$ 362 bilhões; e setor privado, R$ 612 bilhões. 

A forte parceria entre Governo Federal e setor privado, estados, municípios e movimentos sociais é uma das principais marcas do novo programa para gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais em um esforço comum e comprometido com a transição ecológica, neoindustrialização, crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.

O Novo PAC está organizado em Medidas Institucionais e em nove Eixos de Investimento.

As Medidas Institucionais são um conjunto articulado de atos normativos de gestão e de planejamento que contribuem para a expansão sustentada de investimentos públicos e privados no Brasil. São cinco grandes grupos:

  • Aperfeiçoamento do Ambiente Regulatório e do Licenciamento Ambiental;
  • Expansão do Crédito e Incentivos Econômicos;
  • Aprimoramento dos Mecanismos de Concessão e PPPs;
  • Alinhamento ao Plano de Transição Ecológica;
  • Planejamento, Gestão e Compras Públicas 

Os nove eixos de atuação do Novo PAC são:

  • Inclusão Digital e Conectividade
  • Saúde
  • Educação
  • Infraestrutura Social e Inclusiva
  • Cidades Sustentáveis e Resilientes
  • Água Para Todos
  • Transporte Eficiente e Sustentável 
  • Transição e Segurança Energética
  • Defesa

A partir de setembro, no âmbito do Novo PAC, o Governo Federal lançará editais que somam R$136 bilhões para a seleção de outros projetos prioritários de estados e municípios, além dos anunciados no lançamento do Novo PAC, nas seguintes áreas: 

  • Cidades: urbanização de favelas, abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, mobilidade urbana e prevenção a desastres naturais
  • Saúde: UBSs, policlínicas e maternidades
  • Educação: creches, escolas e ônibus escolares
  • Cultura: CEUs da cultura e projetos de patrimônio histórico
  • Esporte: espaços esportivos comunitários

Por: Ministério das Cidades


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