Cúpula da Amazônia: Lula destaca cooperação internacional para combater crimes ambientais

“Precisamos conciliar a proteção ambiental com a inclusão social, o fomento à ciência, tecnologia e inovação, o estímulo à economia local e a valorização dos povos indígenas e comunidades tradicionais, além de trabalhar a cooperação entre as nações para combater os crimes ambientais”, discursou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da Cúpula da Amazônia, nesta terça-feira (08/08), em Belém (PA). O evento reúne lideranças de oito países, com o objetivo de elaborar estratégias conjuntas para o desenvolvimento sustentável da floresta tropical amazônica. 

"Há 14 anos não nos reunimos. E esta é a primeira vez que fazemos o encontro aqui no Pará, em um contexto de severo agravamento da crise climática. Nunca foi tão urgente ampliar e retomar essa cooperação. Os desafios dessa nova era demandam ações conjuntas", ressaltou o presidente. 

Lula comemorou a união das nações, sociedade civil, academia, estados, municípios, parlamentares e lideranças para discutir os principais desafios da agenda global: o enfrentamento às mudanças climáticas e desigualdades. "É motivo de muita alegria reencontrar os líderes da América do Sul para tratar da Amazônia, esse patrimônio comum de nossos países. São muitas as amazônias, precisamos nos unir cada vez mais para encontrar soluções", enfatizou, referindo-se aos signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).  

O presidente do Brasil reiterou que a OTCA é um legado construído ao longo de quase meio século, sendo o único bloco do mundo criado com uma missão exclusivamente socioambiental: "Ampliando e aprofundando nossas iniciativas de cooperação, coordenação e integração entre os membros da OTCA, poderemos assegurar que nossa visão de desenvolvimento sustentável terá vida longa e amplo alcance. Escutaremos representantes dos movimentos sociais, dos governos locais e dos parlamentos dos nossos países, que nos trazem as vozes dessas diversas amazônias", enfatizou.

A Cúpula tem início após a realização dos Diálogos Amazônicos, evento que reuniu representantes de entidades, movimentos sociais, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países, com o objetivo de formular sugestões para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região. O resultado desses debates será apresentado na forma de propostas aos chefes de Estado durante os dois dias de Cúpula, que ocorre até esta quarta-feira (09/08).

A ideia é que os países acolham algumas das propostas recebidas no encontro. Mas cada um tem autonomia para escolher as sugestões que entender melhor para si. No caso do Brasil, o governo já anunciou que criará condições para a sociedade civil acompanhar o andamento das políticas públicas que forem adotadas.

Por: Agência Gov