Dia Mundial do Aleitamento Materno: pelos direitos das mães e dos bebês
A data é celebrada no Brasil e em mais 120 países para conscientizar a sociedade sobre a importância da amamentação
Esta terça-feira (1º/08) marca um dia para reforçar uma das mais importantes ações de garantia à saúde de crianças e mulheres: a amamentação. Em mais de 120 países do mundo, celebra-se o Dia Mundial do Aleitamento Materno.
A data foi criada em 1992, nos Estados Unidos, e tem a finalidade de incentivar o aleitamento materno, reforçar sua importância para os bebês e para as mães, além de criar condições para que cada vez mais mulheres exerçam o direito de amamentar.
No Brasil, a mobilização acontecerá durante todo o mês de agosto. Nesta segunda-feira (31/07), o Ministério da Saúde e o Governo Federal deram início à Campanha Nacional de Incentivo à Amamentação, com o tema "Apoie a amamentação: Faça a diferença para mães e pais que trabalham".
A temática da ação faz referência aos desafios enfrentados pelas mulheres que trabalham para continuar amamentando após o término da licença maternidade. O empenho do Governo Federal é também para garantir o direito às lactantes que trabalham informalmente.
Nesse contexto, o Ministério da Saúde anunciou um projeto piloto que inclui a construção de salas de amamentação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
“Hoje é dia de reafirmação desse compromisso, para que possamos avançar ainda mais no trabalho que temos feito e, para isso, precisamos de apoio. Nem sempre amamentar é um ato simples. Então, estamos avançando nessa agenda que é de atenção especial às mulheres que trabalham e amamentam”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no lançamento da campanha.
O projeto está em fase de implantação, mas esses espaços já vão começar a funcionar no Distrito Federal e em mais quatro estados: Pará, Paraíba, Paraná e São Paulo. A ideia é que, com as salas de amamentação das UBSs próximas do trabalho, as mulheres tenham acesso a um local adequado para retirar e armazenar o leite materno, recebendo todo apoio que for necessário.
A saúde do bebê começa pelo leite materno
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que os bebês sejam alimentados somente com leite materno até, pelo menos, os seis meses de idade. E que, mesmo após a introdução alimentar, a amamentação continue até que a criança complete dois anos.
“Tem a questão da saúde das crianças, tem a questão da saúde das mulheres e, sim, porque é um direito das crianças e das mulheres. É nessa perspectiva que a campanha é fundamental", reforçou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A amamentação fortalece o sistema imunológico das crianças, protege contra inflamações, diarréias e alergias, além de diminuir em até 13% o índice de mortalidade infantil por causas evitáveis. Outra vantagem é a redução dos riscos de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas no futuro.
Os benefícios são também para a mulher: amamentar reduz as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário, de hemorragia pós-parto e de desenvolver diabetes, hipertensão e colesterol alto.
Desde 2010, o Ministério da Saúde já havia criado a ação “Mulher trabalhadora que amamenta”, uma parceria entre a pasta e sociedade civil, para garantir o aleitamento materno quando a mãe retorna ao trabalho. A política inclui incentivar que empresas disponibilizem creches no local ou salas de apoio à amamentação, por exemplo.
No Brasil, há um compromisso do Governo Federal em aprimorar os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) para oferecer cada vez mais apoio às lactantes. “Nós temos o Hospital da Criança, temos a estratégia Alimenta e Amamenta Brasil, o Método Canguru e temos a maior rede de banco de leite do mundo, o que muito nos orgulha”, reforça Sônia Venâncio, doutora em saúde pública e coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente.
Por: Agência Gov
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