Conselhão aprova acordo para beneficiar famílias de comunidades tradicionais
Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável celebrou acordo para inclusão produtiva em áreas contempladas pelo programa Bolsa Verde e instalou dois novos grupos de trabalho sobre meio ambiente e recuperação de áreas degradadas
Na manhã desta sexta-feira (04/08), a agenda de Diálogos Amazônicos contou com a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável (Conselhão). Durante o evento, realizado em Belém (PA), representes da sociedade civil, entidades e do Governo Federal discutiram estratégias para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis. Participaram das conversas, os ministros das Relações Institucionais, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Cidades.
Na oportunidade, foi assinado um acordo para a inclusão produtiva de famílias que vivem em áreas contempladas pelo Programa Bolsa Verde e instalados dois novos grupos de trabalho no âmbito do Conselhão. “O que o Presidente Lula quer é criar um novo ciclo de prosperidade, onde possamos combater a pobreza, desigualdades, criar emprego, renda e ao mesmo tempo proteger a floresta”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
O titular da pasta de Relações Institucionais e coordenador do Conselhão, Alexandre Padilha, destacou que do ponto de vista territorial, potencial econômico e identidade cultural, a Amazônia é um dos mais importantes ativos para o desenvolvimento do País. “Não dá pra discutir o desenvolvimento econômico e social do Brasil, sem fortalecer a Amazônia. Não só do ponto de vista territorial, mas da importância do seu potencial econômico, para a identidade cultural e de tudo aquilo que a gente tem para descobrir ainda, esse é um grande ativo para o País”, afirmou.
Inclusão produtiva
O acordo celebrado para a inclusão produtiva de famílias que vivem em áreas contempladas pelo Programa Bolsa Verde vai contemplar cidadãos que residem em reservas extrativistas, projetos de assentamento, territórios quilombolas e demais áreas da União, principalmente, na região Amazônica. A iniciativa faz parte do Plano Brasil sem Miséria (PBSM), que apoia comunidades tradicionais com R$ 600 a cada três meses, incentivo pelo serviço ambiental prestam para proteger a Amazônia.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que é importante trabalhar de forma integrada as esferas social e ambiental. “Aqui, por meio do Bolsa Verde, nessa largada, estamos liberando R$ 92 milhões para garantir as condições de um repasse de R$ 600. Um recurso que soma ao Bolsa Família”, disse.
Segundo a ministra Marina Silva, já foi solicitado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que a destinação de recursos para essas comunidades seja ampliada. “Conseguimos cerca de R$ 200 milhões para complementar o Programa Bolsa Verde”, detalhou a titular do Meio Ambiente.
O Bolsa Verde foi criado em 2011, mas interrompido nos últimos anos. A iniciativa beneficia as famílias com o repasse de recursos por seus esforços de conservação ambiental. O programa alia o combate à pobreza ao cuidado com o meio ambiente. Para fazer parte do programa, a família deve estar inscrita no Cadastro Único.
Cúpula da Amazônia
O Diálogos Amazônicos é um evento prévio da Cúpula da Amazônia e ocorrerá até o próximo domingo (06/08), em Belém (PA), reunindo representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e dos demais países Amazônicos. O resultado desses debates será apresentado aos chefes de Estado na Cúpula, que ocorre nos dias 8 e 9 de agosto na capital paraense.
Por: Agência Gov
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