Meio ambiente

Diálogos Amazônicos: Desenvolvimento regional sustentável é foco da primeira mesa do dia

Debate contou com os ministros Waldez Góes e Marina Silva, além de autoridades internacionais

06/08/2023 12:55
Diálogos Amazônicos: Desenvolvimento regional sustentável é foco da primeira mesa do dia
Foto: Audiovisual/PR

 

A primeira mesa deste domingo (06/08), dos Diálogos Amazônicos, em Belém (PA), contou com a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, além da ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, e outras autoridades nacionais e internacionais, para plenária orientada ao debate sobre mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia, manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional. 

Durante a plenária, o ministro Waldez Góes falou sobre o novo momento que o Brasil vive, com a reabertura do diálogo internacional, sobretudo na América do Sul, e destacou os programas que estão em andamento no País, dentre eles o Plano Regional do Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), para a promoção e proteção dos direitos humanos das pessoas mais vulneráveis da região. “Temos aí escutas também para o Plano de Desenvolvimento de Fronteiras. Uma vez que o Brasil avance nesse processo, facilita o diálogo com a comunidade internacional que está na relação conosco”, pontuou.

Marina Silva disse que a mudança do clima, a perda da biodiversidade, a mudança nas correntes marítimas e o desequilíbrio das chuvas apontam que os sistemas econômicos, políticos, sociais e culturais não estão estabilizados. “Agora, é o momento de reconhecermos que vamos precisar de novos paradigmas, novas formas de governar, reconhecendo o saber milenar das populações tradicionais, estabelecendo um novo ciclo de prosperidade que fortaleça a democracia, que combata as desigualdades, mas faça isso com sustentabilidade”. 

Marina destacou ainda o propósito do evento e a urgência em combater as desigualdades respeitando os povos originários e distribuindo as riquezas e recursos do País. “Essa Cúpula da Amazônia, em pleno século XXI, com mudança do clima, social, política e econômico, além de um esgotamento muito profundo. Temos que sair daqui com um compromisso ético de que a resposta técnica já foi dada, nós sabemos produzir energia limpa, por que insistir em energia fóssil? Nós sabemos como fazer para alimentar o planeta inteiro, por que 33 milhões de pessoas no Brasil e na nossa região ainda passam fome?”, indagou. 

O terceiro e último dia de diálogos segue até o fim da tarde, sendo encerrado com um debate com o tema: Os Povos indígenas das Amazônias: um novo projeto inclusivo para a região, com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

Os Diálogos Amazônicos são um evento prévio à Cúpula da Amazônia, que tem como objetivo o desenvolvimento das propostas da sociedade civil a serem apresentadas aos presidentes dos países amazônicos participantes da cúpula, que acontece entre os dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA). A iniciativa busca fortalecer a cooperação entre países da maior floresta tropical do mundo.

 

Por: Agência Gov


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