Covid-19: Identificada linhagem EG.5 da variante Ômicron pela 1ª vez no RJ
Até o momento, há quatro casos no Brasil, sendo dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília; na América do Sul, foram identificados cerca de 40 ocorrências
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais, confirmou a identificação, por meio da técnica de sequenciamento genético, da linhagem EG.5 da variante Ômicron em amostra de paciente coletada na cidade do Rio de Janeiro. Conforme protocolo do serviço de referência nacional em vírus respiratórios, o resultado da análise foi imediatamente informado à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (30/08).
O paciente é do sexo masculino, tem 46 anos e apresentou sintomas leves. Sem histórico de viagem, o caso indica que há transmissão local da linhagem. Ele não havia tomado a dose de reforço com a bivalente contra a Covid-19.
Até o momento, são quatro casos no país, sendo dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília (recém identificado pelo Lacen-DF), de acordo com informações disponíveis na plataforma internacional de genomas Gisaid. O Laboratório do IOC/Fiocruz atua como curador da iniciativa.
Ao todo, na América do Sul, foram identificados cerca de 40 casos da subvariante (Argentina, Colômbia, Equador, Brasil e Trinidad Tobago).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a linhagem EG.5 como uma “variante de interesse”, devido à uma mutação encontrada na proteína Spike e ao rápido aumento de casos em países da Europa, nos Estados Unidos e na China. No entanto, as evidências disponíveis no momento não sugerem que a EG.5 apresente riscos adicionais à saúde pública, em relação às outras linhagens descendentes da Ômicron.
Além disso, vale, novamente, reforçar a importância da vacinação. A imunização, incluindo as doses de reforço, ainda é a melhor forma de proteção contra casos graves da doença. A vacina contra a Covid-19 está disponível gratuitamente nos postos de saúde e serve de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus.
Por: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
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