ICMBio lança Plano Nacional para proteger 74 espécies de aves amazônicas
Dentre as principais ameaças de extinção das aves amazônicas estão a fragmentação e perda de território devido à conversão da floresta em pastagens
O Instituto Chico Mendes ( ICMBio ) lançou o segundo ciclo do Plano de Ação Nacional (PAN) Aves da Amazônia. A iniciativa será coordenada mais uma vez pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres ( Cemave ).
Além do Cemave , o PAN reúne diversos parceiros de universidades e instituições de pesquisa, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, Órgãos Governamentais e ONGs . O Plano vai contemplar 74 espécies de aves amazônicas, sendo três classificadas atualmente como Criticamente em Perigo, ou seja, a categoria mais próxima da extinção na natureza: o mutum-pi nima ( Crax fasciolata pinima ), o jacamim-de-costas-esc uras ( P sophia obscura ) e o bi cudo ( Spor o phila maxim iliani ). Há mais sete na categoria Em Perigo e os demais na categoria Vulnerável.
Também são beneficiadas pelo PAN seis espécies categorizadas como Quase Ameaçadas e uma espécie migratória que consta na CMS (Acordo internacional para conservação de espécies migratórias)
Dentre as principais ameaças de extinção das aves amazônicas estão a fragmentação e perda de território devido à conversão da floresta em pastagens e problemas relacionados, como por exemplo o garimpo. Outra ameaça identificada é o impacto causado pelas hidrelétricas, que podem alterar a dinâmica natural de inundação e trazer impactos de território e alimentação para as aves.
“Este Plano de Ação expressa diretamente a multiplicidade de nossas funções de proteção ao bioma, não somente atuando na fiscalização, mas também trabalhando pela recuperação das áreas degradadas e das espécies que vivem por lá”, avalia o presidente do ICMBio , Mauro Pires .
Assim, o PAN estabelece como objetivo geral a melhoria do estado de conservação das espécies em cinco anos. E ssa melhoria virá com ações que combatam a redução e perda de habitat em decorrência de atividades antrópicas buscando reduzir e mitigar os impactos da agropecuária; da mineração e dos efeitos de hidrelétricas sobre as populações de aves. Além disso, há ações visando a redução da caça e captura destas espécies, para estimular a criação de corredores ecológicos, o turismo de observação e para melhoria do tamanho das populações.
Por: ICMBio
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