MCTI anuncia R$ 3,4 bilhões em investimentos científicos para a Amazônia
O programa Mais Ciência na Amazônia contempla recursos para infraestrutura de pesquisa científica, produção de conhecimento sobre biodiversidade, estímulo à inovação, entre outros
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou um programa que vai levar investimentos em pesquisa científica para a Amazônia. O Mais Ciência na Amazônia vai contar com R$ 3,4 bilhões, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que serão investidos entre 2024 e 2026. De acordo com o MCTI, este é o maior volume de recursos já investidos na história da ciência na Amazônia.
Os investimentos contemplam infraestrutura de produção de conhecimento sobre biodiversidade, estímulo à inovação, monitoramento aeroespacial, segurança alimentar, conectividade e capacitação.
Serão investidos R$ 700 milhões na recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa das universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia da região através do programa Pró-Infra, que será retomado. “O Pró-Infra tem a perspectiva de resgatar a capacidade das nossas instituições de produzir ciência de qualidade e tecnologia de ponta que possam ajudar o País a crescer, a reduzir as assimetrias regionais e a gerar emprego e renda”, disse a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante o lançamento do programa Mais Ciência na Amazônia, na manhã desta segunda-feira (7/8), no Museu Paraense Emílio Goeldi, em, em Belém (PA).
Mais R$ 800 milhões vão ser disponibilizados para apoiar a inovação em áreas estratégicas para a reindustrialização em novas bases tecnológicas e sustentáveis. Deste total, R$ 600 milhões são recursos não reembolsáveis e R$ 200 milhões na forma de crédito com juros reduzidos.
Outra iniciativa do Mais Ciência na Amazônia é o aporte de R$ 550 milhões no desenvolvimento de novos satélites de sensoriamento remoto para monitoramento da Amazônia. Somente o satélite CBERS 6, que será desenvolvido em parceria com a China, vai receber R$ 500 milhões.
A ministra Luciana Santos destacou, ainda, o investimento de R$ 500 milhões no Pró-Amazônia, programa criado para gerar conhecimento sobre a diversidade biológica e para o desenvolvimento de tecnologias e atividades econômicas inovadoras e sustentáveis das riquezas naturais da região. “Nosso objetivo é desenvolver soluções para os gargalos científicos e tecnológicos, agregar valor aos produtos e gerar desenvolvimento e renda para as populações tradicionais”, pontuou a ministra.
Reforma de museu
Durante o evento, a ministra também anunciou a destinação de recursos do Orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o Museu Goeldi, em Belém. São R$ 10,6 milhões para a reforma do prédio da Rocinha – uma obra emergencial para a preservação da história da Amazônia.
Esses recursos fazem parte de um total de R$ 41,9 milhões que estão sendo destinados em recursos do Orçamento para a recuperação da infraestrutura das unidades de pesquisa com a perspectiva de garantir a preservação dos acervos da ciência brasileira, recuperar e modernizar laboratórios e estruturas voltadas às atividades de pesquisa e desenvolvimento.
Por: Agência Gov
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