Ministério da Igualdade Racial promove escuta ativa de lideranças quilombolas durante Diálogos Amazônicos
Movimento quilombola apresentou demandas em diversas áreas
Aproximadamente 50 lideranças quilombolas foram ouvidas pela equipe do Ministério da Igualdade Racial neste sábado (5), como parte da programação do Ministério nos Diálogos Amazônicos, em Belém (PA)
As demandas apresentadas por eles passam por diversas áreas, desde a demanda histórica do movimento por titulação de terras, passando por problemas enfrentados em relação ao uso de agrotóxicos por produtores do agronegócio em regiões próximas às comunidades, até a implantação de lixões.
"Querem colocar um lixão na margem do nosso igarapé. Onde é arrodeado de ribeirinhos que precisa desse rio para trabalhar, para pescar, para tudo. Esse rio é a nossa rua, é por onde passamos para nos locomover", disse
Erica Monteiro, coordenadora executiva da Coordenação das Associações de Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará, Malungu, pontuou a importância de se discutir a questão quilombola ao falar de meio ambiente.
"Falar sobre mudanças climáticas é falar de um assunto muito delicado no nosso território. Se o peixe falta, se a planta não cresce, não é culpa nossa porque onde há mulher, há mata em pé", disse ela.
A ministra Anielle Franco sistematizou as demandas apresentadas e se comprometeu a dar respostas concretas e duradouras para os quilombolas do Brasil.
"Eu sempre digo que estamos aqui, mas a gente vai passar. O que não pode passar são as políticas públicas que a gente precisa deixar para as comunidades quilombolas", concluiu.
Por: Ministério da Igualdade Racial
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