Ministério da Saúde inaugura temporada de oficinas com referências regionais do Programa Mais Médicos
Primeiro encontro está sendo realizado em Brasília com representantes da região Centro-Oeste. Participam também gestores municipais, superintendentes e instituições parceiras
O Ministério da Saúde deu início à temporada de oficinas com trabalhadores e trabalhadoras que atuam como referências no Programa Mais Médicos nos estados. O primeiro encontro acontece em Brasília, até o dia 25 de agosto, com profissionais da região Centro-Oeste.
O objetivo é discutir o papel dos programas de provimento e de formação, as estratégias que vêm sendo utilizadas na retomada do Mais Médicos e como é possível potencializar os avanços, além de reconhecer, debater os desafios enfrentados nos territórios, esclarecer dúvidas e planejar conjuntamente a fim de alcançar um modelo de atenção primária mais completo, resolutivo e integral. Esta é uma agenda nacional que será debatida de forma regionalizada também em outras quatro capitais do País: Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Manaus.
O secretário adjunto de Atenção Primária, Felipe Proenço, destacou o significado da abertura da primeira oficina, que contou com representantes de instituições parceiras, entre elas, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems). “Essa é uma característica do programa Mais Médicos: ser diversificado e ter estratégias diversificadas, incluindo, a chamada de médicos formados no exterior para vagas que não são preenchidas por médicos com registro no Brasil. Outro componente é essa capacidade de ter comissões de coordenação estadual, reunir parceiros e essa interlocução permanente”.
Proenço explicou, ainda, que “a aproximação do cotidiano entre os médicos e médicas que atuam no programa com o gestor municipal e supervisor, inclusive o supervisor enquanto uma referência, alguém com formação na atenção primária à saúde ou na medicina de família e comunidade, pode contribuir para o profissional seguir na atenção primária e eu acho que é isso que a gente deseja ao final desse período de quatro anos do profissional no programa”.
Há dois anos como referência regionalizada do Ministério da Saúde para o estado de Goiás e para o Distrito Federal, Márcia Valéria Ribeiro de Queiroz Santana conta que assumiu o cargo em plena pandemia, então considera ímpar a oportunidade de conhecer todos os atores presencialmente.
“É essencial poder nos acolhermos, nos integrarmos e agora, na oficina, especialmente em relação às comissões de coordenação, eu que participo da estadual e da distrital, unificar o objetivo de fortalecer e potencializar o programa. Esse diálogo alinhado vai refletir no cuidado, no atendimento em saúde para a população. Temos todos o mesmo objetivo de prover o profissional e de cada vez mais fixá-lo para que ele realmente garanta o que a atenção primária preconiza, seus atributos, principalmente o vínculo, o respeito e o cuidado integral”, explica.
As oficinas ocorrem agora, mas os editais do Programa Mais Médicos foram retomados no primeiro semestre desde ano. Neste sentido, para a diretora do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Luciana Maciel, este é um momento histórico emocionante.
“Temos desafios, mas tem muito encantamento também. O nosso agradecimento especial é para as equipes do Ministério da Saúde e da Educação que trabalham no programa. A primeira coisa que olhamos quando chegamos foi como estavam as referências regionalizadas, onde estavam, qual a quantidade, como é que o programa estava sendo acompanhado e o que aconteceu com as comissões de coordenação estadual. A partir daí, retomamos parcerias e corrigimos erros. Temos a dimensão e consciência do que é aumentar em sete vezes o número dos médicos de família e comunidade para dar sustentabilidade para a atenção primária. Então, essa retomada traz unidade e estrutura para que a gente consiga atrair um maior número de profissionais”, finaliza Luciana.
Também compuseram a mesa de abertura, o coordenador-geral de Expansão e Gestão da Educação em Saúde do Ministério da Educação, Francisco Neves; a representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Márcia Cristina Pinheiro; o subsecretário de Atenção à Saúde da Secretaria de Saúde do DF, Maurício Fiorenza; a secretária-executiva da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Unasus), Fabiana Damásio; e a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross.
O evento contou, ainda, com a participação do poeta de Brasília Paulo Roberto Ferreira de Macedo que declamou poesias de sua autoria durante o evento.
Por: Ministério da Saúde
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte