Esporte

Ministério do Esporte debate papel educacional das artes marciais durante audiência na Câmara

Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados reuniu representantes de Conselhos de Educação Física e federações de artes marciais para tratar de projetos de inclusão social

08/08/2023 16:47
Ministério do Esporte debate papel educacional das artes marciais durante audiência na Câmara

 

As políticas públicas voltadas para o papel educador das artes marciais foi o tema abordado pelo assessor especial do Ministério do Esporte, Diogo Silva, durante audiência pública da Comissão do Esporte, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (8/8), para debater a importância do ensino das artes marciais como mecanismo de inclusão social. A reunião foi realizada a pedido do deputado Márcio Marinho (Republicanos/BA).

Diogo iniciou sua fala pontuando a diferença entre termos. "Tem uma diferença entre arte marcial e luta. A luta tem objetivo e foco no combate e no contato corpo a corpo. Já arte marcial é um campo de estudo e de filosofia", destacou.

Os programas Segundo Tempo e a Rede de Desenvolvimento do Esporte, que está em fase de implementação em 10 estados já catalogados e que estão desenvolvendo escolas em tempo integral, foram exemplos de ações onde o MEsp prevê a criação de espaços para ensino das artes marciais.

"Nós estamos propondo que em todos os projetos de escola em período integral haja o esporte e as artes marciais. Exemplo disso é a capoeira nas escolas da Bahia, onde a modalidade faz todo sentido para as cerca de 200 escolas de tempo integral previstas pelo governo do estado", afirmou Diogo.

Além dos mencionados, a criação de núcleos de atividades para promoção da vida saudável e da convivência social do Programa Esporte e Lazer da Cidade (Pelc) também pode contemplar atividades relacionadas a artes marciais para todas as idades, incluindo pessoas com deficiência.

A política da Rede de Desenvolvimento do Esporte, do MEsp, é implementada após a visita aos territórios - preferencialmente os de vulnerabilidade social - e o reconhecimento de quem pratica, quem ensina e em quais espaços, para a definição dos recursos para investimento. A redução da violência foi citada ainda por Diogo como um dos principais impactos da abertura dos locais de prática esportiva nestes territórios.

Marcio Marinho considerou que tanto artes marciais quanto a prática esportiva são fundamentais para formar cidadãos melhores para o mundo.

“Muitas vezes se gasta tanto com armas, armando cidadãos, mesmo a polícia, e às vezes se gasta tão pouco em uma arma muito mais poderosa, que é a inclusão em projetos sociais e esportes, em que professores se dedicam para que crianças e adolescentes aprendam a conviver com respeito ao próximo”, comentou o deputado.

Também participaram o presidente da Associação Kamakura de Judô, Antônio da Silva Jesus; o presidente da FDMuaytha, Carlos Magno Paiva Felício da Silveira; a presidente do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Nicole Azevedo; o presidente do Conselho Regional do Piauí e membro do Conselho Federal de Educação, Danys Marques Maia Queiroz; e, por videoconferência, o presidente da Federação Sul-Americana de Sport Jiu-Jitsu, Cleiber Pinheiro Maia.

 

Por: Ministério do Esporte

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