Petrobras pretende retomar operação em fábrica de fertilizantes no Paraná
A fábrica está desativada desde 2020 e, após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no 1º semestre de 2024
Em visita à Refinaria Getúlio Vargas (REPAR) e à ANSA, unidades da Petrobras no Paraná, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, afirmou que está em fase final de estudos a retomada da produção de fertilizantes na Araucária Nitrogenados (ANSA), subsidiária da Petrobras.
Após a finalização dos estudos de viabilidade técnica e financeira, o tema deve passar ainda pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração da empresa. A fábrica está desativada desde 2020 e, após investimentos e adequações para atender às normas regulatórias, poderá voltar a operar no primeiro semestre de 2024.
No evento, estiveram presentes, além do presidente da Petrobras e de representantes da diretoria da empresa, a deputada federal Gleisi Hoffmann e os deputados federais Zeca Dirceu, Tião Medeiros, e Geraldo Mendes, outras lideranças políticas estaduais e federais, além de representantes sindicais.
De acordo com o presidente Jean Paul Prates, o setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras e para o país: “O Brasil é um grande produtor de commodities agropecuárias, porém, dependente de fertilizantes de origem estrangeira. Esse mercado vem enfrentando muitos desafios no mundo todo. A Petrobras tem interesse em investir na reativação da ANSA por conta da sinergia da unidade com a Repar. Além de reduzir a dependência do país em relação à importação do produto, com a operação, vamos gerar emprego e renda”.
A ANSA tem capacidade de processar cerca de 1,9 mil toneladas por dia de ureia e 1,3 mil toneladas por dia de amônia, usadas na produção de fertilizantes agrícolas, além de outros setores. A matéria-prima usada na unidade é o resíduo asfáltico, que pode ser obtido na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), também localizada na cidade de Araucária (PR).
Para o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, a Petrobras dá mais um passo importante ao retomar os estudos para colocar novamente a ANSA em operação: “Nossas decisões são pautadas em análises criteriosas de viabilidade técnica e financeira. Desde a hibernação da fábrica, os trabalhadores dos municípios do entorno estão sofrendo com o desemprego causado pela falta de oportunidades na região. Ao investir na retomada da produção na ANSA, estaremos demonstrando a capacidade da Petrobras em fornecer produtos de valor estratégico para o país, com total segurança operacional e ambiental, além de contribuir para o desenvolvimento regional”.
REPAR é unidade de referência no refino da Petrobras
O presidente Jean Paul Prates aproveitou a visita para confirmar que a Petrobras, com a Repar, permanece no Paraná. A Repar é referência em inovação e técnica, representa 14% das vendas da Petrobras e o polo de Araucária é o segundo maior em faturamento da empresa. O perfil de produção é de 49% diesel e 27% gasolina. Isto é, a Repar converte quase 80% do seu processamento em diesel e gasolina.
Além disso, a Petrobras prevê aumentar em 146% sua capacidade de produção de diesel com conteúdo renovável (Diesel R), após ter recebido autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar mais uma unidade de produção desse combustível na REPAR.
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