Reestruturação da malha ferroviária e abertura de rotas bioceânicas são apostas nas relações com chineses
“Contamos com diversos projetos elegíveis para receber investimentos, parcerias e tecnologias da China", defende Renan Filho, em encontro no Itamaraty
Principal parceiro comercial do Brasil, a China tem muito a oferecer para melhorar a sinergia nas relações bilaterais entre os dois países. Essa foi a visão apresentada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante reunião interministerial de preparação para o encontro com a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), que deve ocorrer no ano que vem.
"A relação com a China é muito importante para a nossa infraestrutura, especialmente num momento em que os chineses estão mudando um pouco o seu perfil, aumentando a oferta de investimentos no exterior", avaliou Renan Filho. Para o ministro, o Brasil, por sua vez, torna-se mais atrativo aos parceiros por vir equilibrando suas contas e aumentando os investimentos com a aprovação no Congresso do novo arcabouço fiscal.
Portfólio atraente
Na reunião, o ministro destacou projetos no setor de transportes que merecem atenção dos chineses. Além dos esforços na criação de rotas bioceânicas, Renan Filho ressaltou a reestruturação da malha ferroviária brasileira, com a conclusão recente da Ferrovia Norte-Sul, as obras da Transnordestina e o projeto da Ferrovia Leste-Oeste, que têm capacidade não só de dinamizar o escoamento da produção do Brasil Central como de baratear o frete e aumentar a competitividade nacional, de modo a atrair maiores investimentos externos.
“Todos esses projetos são elegíveis para receber investimentos, parcerias e tecnologias chinesas. Estamos animados em fortalecer a relação entre nossos dois países”, concluiu o ministro dos Transportes.
A reunião convocada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, contou com a participação de representantes de 23 ministérios e ocorreu em paralelo ao encontro dos BRICS, em andamento na África do Sul: Brasil e China integram o bloco econômico.
Por: Ministério dos Transportes
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