Educação

Respeito à autonomia universitária marca posse de novos reitores, em Brasília

Ministro da Educação deu posse a gestores de dois institutos e duas universidades federais

30/08/2023 17:29
Respeito à autonomia universitária marca posse de novos reitores, em Brasília
Foto: Divulgação/MEC


Um evento que celebrou a democracia. Esse foi o tom da cerimônia de posse de reitores de universidades e institutos federais realizada na tarde desta quarta-feira (30/08), na sede do Ministério da Educação, em Brasília. Foram empossados os reitores Ana Paula Palheta Santana, do Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA); Veruska Ribeiro Machado, do Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB); Georgina Gonçalves dos Santos, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); e Heron Laiber Bonadiman, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Todos foram eleitos pela comunidade acadêmica para um mandato de quatro anos e as nomeações respeitaram a autonomia universitária.

“Estamos celebrando aqui algo que é muito caro para nós, que é a democracia do nosso país”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, que deu posse aos reitores. “Eu serei o ministro que irei defender o fim da lista tríplice para escolha de reitores das instituições federais deste País”, disse o ministro.

Ana Paula Palheta Santana é a primeira mulher eleita reitora do Instituto IFdo Pará, que tem campi localizados em Belém (sede), Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Bragança, Breves, Cametá, Castanhal, Conceição do Araguaia, Itaituba, Marabá, Óbidos, Paragominas, Parauapebas, Santarém, Tucuruí e Vigia. “Esse é um momento histórico para nossa instituição, porque, pela primeira vez, estamos vivenciando a transição da gestão entre dois reitores eleitos pela comunidade acadêmica do Instituto. Também é a primeira vez que uma mulher assume sua reitoria”, celebrou.

Veruska Ribeiro Machado, do IFB, também ressaltou a luta das mulheres para ocupar cargos de destaque nas instituições de ensino. “Para que nós estejamos aqui hoje, muitas outras mulheres lutaram, foram queimadas, receberam portas na cara, e, mesmo assim, continuaram suas lutas”, enfatizou. O IFB possui campi em Brasília, Ceilândia, Estrutural, Gama, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião e Taguatinga.

Georgina Gonçalves dos Santos foi eleita reitora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em 2019, mas o governo anterior não a empossou. Eleita novamente, Georgina assumiu lembrando do período difícil enfrentado pelas instituições de ensino nos últimos quatro anos, com cortes orçamentários e ataque à autonomia. “Nós estamos aqui hoje para celebrar a democracia. Nesses quatro anos, a comunidade universitária em todo o Brasil soube resistir e enfrentar o obscurantismo, o negacionismo”, pontuou.

Criada em 2005, a UFRB está localizada nas cidades de Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Feira de Santana, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus e São Féliz. Instalada em regiões de grande significado histórico para o Brasil, a instituição é uma expressão da transformação social e popularização do conhecimento no interior da Bahia.

A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) foi criada em 2005, incorporando as faculdades federais Integradas de Diamantina. A implantação da instituição nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri representou a interiorização do ensino público superior no estado de Minas Gerais. A instituição possui campi em Diamantina, Janaúba, Teófilo Otoni e Unaí. O novo reitor, Heron Laiber Bonadiman, lembrou que a instituição também teve negada a posse de um reitor eleito pela comunidade acadêmica e falou dos desafios enfrentados pela instituição. “Eu dou aula para estudantes pobres em uma instituição empobrecida. Peço ajuda do Ministério da Educação para que possamos nos reconstruir”, pediu.

O ministro Camilo Santana prometeu visitar todas as universidades e institutos federais do País para reconstruir essas instituições. “Temos desafios enormes, de recomposição orçamentária, de obras, de consolidação dos projetos de cada instituto e de cada universidade. Nós vamos discutir quais são as nossas metas para o PAC na área de educação superior do nosso país nos próximos três anos”, concluiu.

Por: Agência Gov

 


A reprodução é gratuita desde que citada a fonte