Povos indígenas

Secretária Marcia Barbosa defende política de cotas para indígenas na concessão de bolsas de pesquisa

Proposta foi apresentada no seminário científico promovido pelo MCTI nos Diálogos Amazônicos, em Belém (PA)

06/08/2023 12:54
Secretária Marcia Barbosa defende política de cotas para indígenas na concessão de bolsas de pesquisa

 

A secretária de Políticas e Programas Estratégicos, Marcia Barbosa, defendeu a implementação de uma política de cotas para a concessão de bolsas de Iniciação Científica e Iniciação Científica Júnior para pesquisadores e estudantes indígenas pelas agências do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Durante o seminário científico realizado em Belém (PA), durante dos Diálogos Amazônicos, ela assumiu o compromisso de construir uma política de cotas para a população indígena.

“Este é um compromisso que deixo e vou repassar para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse a secretária.

O seminário que antecedeu a realização da Cúpula da Amazônia discutiu a construção de uma agenda científica para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Este é um debate para criarmos uma sinergia do conhecimento e para a construção de um programa de financiamento para a biodiversidade e bioeconomia”, explicou Marcia.

Segundo o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, os pesquisadores das regiões Norte e Nordeste ainda desconhecem a disponibilidade de recursos reembolsáveis oferecidos pela agência. “Existe uma demanda pequena nesta região. Reduzimos os juros, e isso amplia a possibilidade para que mais pessoas façam uma pós-graduação”, afirmou.

Ele acrescentou que o crédito da Finep pode ser usado para o desenvolvimento de uma nova base industrial focada em bioeconomia e na ampliação da infraestrutura de pesquisa na região amazônica. Pansera defendeu ainda a expansão da cooperação científica. “Temos que conversar com os bancos BRICS e com o BID sobre essa parceria científica. Precisamos articular e ampliar essa produção de conhecimento.”

Para o coordenador de Bioeconomia do Sebrae Nacional, Philippe Figueiredo, a biodiversidade é um tema prioritário para a criação de novas empresas e a geração de empregos. “É uma agenda sustentável não só para o Brasil, mas para o mundo. Nós levamos isso como uma visão de negócio, e o Sebrae pode contribuir no financiamento e criação de empresas de bases tecnológicas investindo em mestres e doutores”, ressaltou, acrescentando que o Sebrae pretende investir R$ 20 milhões na região amazônica.

Já o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin, ressaltou a importância de ampliar a produção de conhecimento nas universidades da Amazônica. “A iniciativa Amazônia +10 mobiliza recursos para projetos de pesquisas da região. No próximo mês, também vamos lançar mais uma chamada para ampliar o financiamento de projetos regionais”, ressaltou.

 

Por: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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