Meio ambiente

Serviço Florestal debate experiência de restauração na bacia do Rio Doce

Os representantes da fundação Renova falaram sobre a curva de aprendizagem do programa de restauração florestal

16/08/2023 20:11
Serviço Florestal debate experiência de restauração na bacia do Rio Doce
Foto: Divulgação/SFB

 

As experiências e aprendizados de toda a cadeia de recuperação florestal de propriedades rurais nas áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana-MG foram tema de reunião entre os Serviço Florestal Brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente, e a Fundação Renova. A Fundação é responsável pela reparação dos danos ambientais causados pelo rompimento, pela reconstrução das moradias, e pela indenização da população afetada.

Os representantes da fundação Renova falaram sobre a curva de aprendizagem do programa de restauração florestal. O programa, que tem a meta de restaurar 40 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente e Áreas de Reserva Hídrica, e de recuperar 5 mil nascentes, abrange os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que abrigam a bacia do Rio Doce. A fundação realizou o Cadastro Ambiental Rural e a recuperação florestal nos moldes do Programa de Regularização ambiental em todas as propriedades rurais diretamente atingidas pelo rompimento. O estudo das áreas prioritárias foi feito em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A implementação do programa de restauração é resultado do cumprimento do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) estabelecido pela justiça para compensação dos efeitos do rompimento da barragem. Para realização deste compromisso, a fundação criou a Rede de Sementes e mudas da Bacia do Rio Doce. A rede envolve o trabalho da população local, em especial as mulheres, na coleta e beneficiamento de sementes que atendem os viveiros da região. A fundação conta com duas casas de sementes, e estabeleceu parceria com 10 viveiros para suprimento da demanda de mudas geradas pelo programa de restauração. A rede envolve cooperativas e ONGs locais, movimentos sociais, além da diversa população dos afetados, que compreende agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas. O trabalho na cadeia de produção dos insumos da recuperação florestal gera renda para as famílias e aquece a economia local.

Para o diretor-geral do Serviço Florestal, Garo Batmanian, as experiências compartilhadas, em especial os gargalos enfrentados na implementação do programa, podem auxiliar o SFB e o MMA na implementação da agenda de restauração,: “É necessário um plano envolvendo a indústria e o comércio para que se invista na produção dos insumos da restauração. A recuperação florestal precisa se consolidar como política de Estado, para que o mercado tenha segurança em investir no suprimento dessa demanda”, frisou o diretor.

 

Por: Serviço Florestal Brasileiro

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