Ministra dos Povos Indígenas reforça o compromisso com a garantia dos direitos humanos e respeito aos povos da Amazônia
Sonia Guajajara destacou ainda o evento da capital paraense como um compromisso de integração do Brasil com os demais países amazônicos
“Nunca mais um Brasil sem nós”, afirmou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara durante a mesa “Diálogos sobre bioeconomia e transformação rural inclusiva”, na tarde deste domingo (06/08). O evento faz parte dos Diálogos Amazônicos e contou, ainda, com a participação dos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
A ministra dos Povos Indígenas destacou que este é um momento de celebração, depois de anos de retrocessos, e de compromisso de construção, não só de um novo Brasil, mas de uma América integrada a partir da preservação ambiental, da garantia dos direitos humanos e do respeito aos povos amazônicos. Sonia pontuou ainda os desafios do enfrentamento às demandas ambientais da região. “Temos metas importantes, como proteger pelo menos 80% da floresta e sua biodiversidade, reduzir a zero o desmatamento, avançar na demarcação das terras indígenas, titulação de territórios quilombolas, dentre tantos outros desafios”.
“Sem políticas públicas efetivas, avançam o garimpo, o tráfico, o desmatamento, e a violência. Precisamos de alternativas ao modelo de destruição e precisamos construí-las logo e estamos aqui para isso”, completou a ministra.
O ministro Paulo Teixeira trouxe para o debate o ponto de vista da contribuição da agricultura familiar. “É importante dizer: sociobiodiversidade. a inclusão é muito importante, poder dar uma contribuição para o meio ambiente, mas também para o desenvolvimento das pessoas que aqui vivem, inclusão social. A nossa contribuição são sistemas alimentares sustentáveis. Aqui há diversidade, o tacaca, o tucupi, o pirarucu, a mandioca, a farinha, são esses o elementos culturais que estão colocados nesses sistemas agroambientais que são sustentáveis”, explicou.
“É com o povo amazônida que nós vamos recuperar, alimentar, tirar o povo da Amazônia do mapa da fome e fazer uma cozinha rica e que possa ser rica nutricionalmente”, acrescentou.
Ainda durante o evento, o ministro Wellington Dias destacou que o diálogo ambiental não pode estar separado do social. “A decisão sobre o futuro do planeta é agora, mas dentro dessa decisão temos que olhar para os seres humanos”.
Os Diálogos Amazônicos seguem até o fim da tarde deste domingo. O evento antecede a Cúpula da Amazônia, que tem como objetivo o desenvolvimento das propostas da sociedade civil a serem apresentadas aos presidentes dos países amazônicos participantes da cúpula, que acontece entre os dias 8 e 9 de agosto, em Belém (PA). A iniciativa busca fortalecer a cooperação entre países da maior floresta tropical do mundo.
Por: Agência Gov
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte